Morgan Freeman critica o Mês da História Negra e rebate o termo afro-americano

O ator fez duras críticas ao uso do termo “afro-americano” e ao “Mês da História Negra”

Morgan Freeman critica o Mês da História Negra e rebate o termo afro-americano

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Morgan Freeman, 85, está trabalhando na divulgação do seu novo filme “A Good Person”, dirigido e escrito pelo ator e diretor Zach Braff e em uma entrevista ao jornal britânico “The Sunday Times”, o ator fez duras críticas ao uso do termo “afro-americano” e ao “Mês da História Negra”, celebrado nos Estados Unidos em fevereiro. “O Mês da História Negra é um insulto. Você vai relegar minha história a um mês?”, questionou o ator.

Freeman acrescentou que não gosta também do termo afro-americano: “Não assino esse título. Os negros tiveram títulos diferentes desde então e não sei como essas coisas pegam tanto, mas todo mundo usa ‘afro-americano’. O que isso realmente significa? A maioria dos negros nesta parte do mundo são mestiços. E você diz África como se fosse um país quando é um continente, como a Europa. ‘Afro-americano’ é outro insulto”, cutucou.

À publicação, ele reforçou o discurso que Denzel Washington deu em uma entrevista recente sobre o orgulho de ser preto. “Tenho muito orgulho, mas ser preto não é tudo o que eu sou”, disse o ator da franquia “O Protetor”. “É exatamente isso. Eu concordo com totalmente [com Washington]. Você não pode me definir desta forma”, completou Morgan Freeman que ainda disse estar vivendo uma fase de sua carreira na qual não interpreta tantos papéis diferentes.

“Quando minha carreira começou no cinema, eu queria ser um camaleão. Lembro-me de [Robert] De Niro no início fazendo papéis muito diferentes, quase irreconhecível como o mesmo ator. Eu tive oportunidades assim. Mas à medida que você amadurece neste negócio, eventualmente você se torna uma estrela”, ponderou para logo completar: “Então você está muito ferrado em se referir a si mesmo como um ator de personagem. Você desempenha muito do mesmo tipo de papel. As pessoas contratam você e dizem: ‘É você quem eu quero’. E você vive com isso.”

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