Saiba quão mais caros ficarão os produtos da Shein com taxação

Governo acabará com isenção de impostos sobre encomendas de até 50 dólares entre pessoas.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad Foto: EFE/André Borges

O anúncio do governo Lula (PT) de que passará a cobrar impostos sobre encomendas de até 50 dólares (R$ 247) entre pessoas causou grande tumulto na internet. Muitos compradores de e-commerces asiáticos como Shein, Shopee e Ali Express se perguntam como funcionará a taxação e quanto, na prática, ela encarecerá o produto. A estimativa é que as encomendas ficarão 60% mais caras do que o cobrado atualmente.

De acordo com as regras vigentes, encomendas de até 50 dólares não eram taxadas se fossem enviadas de pessoa para pessoa. Com a mudança planejada pelo Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad (PT), o tributo incidirá sobre todas as compras, independentemente do valor.

Segundo o governo Lula, a alteração ocorre como uma forma de combater a sonegação de imposto. Isso porque empresas estrangeiras estariam enviando suas mercadorias em pacotes separados, abaixo do valor de 50 dólares, como uma forma de evitar que o consumidor seja taxado. A Receita Federal ainda afirma que há lojas que declaram valores mais baixos que os reais, também como estratégia para burlar o tributo.

Na prática, a taxa não será cobrada a essas varejistas, mas sim aos consumidores, visto que tais lojas não precisam pagar imposto ao governo brasileiro por serem internacionais.

A taxa de 60% poderá ser recolhida tanto no momento da compra quanto antes da entrega da encomenda. Em caso de constatação de fraude, o consumidor pode ter que pagar, além do imposto, duas multas. Uma delas é de 100% e a outra é de 37,% em relação à diferença entre o valor declarado e o real.

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