PF prende grupo que trocava etiquetas de bagagens em aeroporto e enviava drogas à Europa
Seis pessoas foram presas na operação.
A Polícia Federal (PF) iniciou, na semana passada, a Operação Iraúna. O objetivo é combater o tráfico internacional de drogas. Segundo a corporação, seis pessoas foram presas.
De acordo com a PF, funcionários terceirizados de aeroportos — a serviço de traficantes — tiravam etiquetas de bagagens regularmente despachadas e as colocavam em outras malas, recheadas de cocaína, com destino à Europa.
A investigação começou em 5 março deste ano. Na ocasião, duas mulheres de Goiânia tiveram suas bagagens trocadas e acabaram presas assim que desembarcaram em Frankfurt, na Alemanha. As malas haviam sido despachadas no Aeroporto Santa Genoveva, na capital goiana, e trocadas no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).
A PF descobriu que as passageiras, ainda presas em Frankfurt, não tinham conhecimento das drogas guardadas nas malas. Isso desconfiguraria a tese de que as brasileiras estariam servindo como “mulas” do tráfico — cidadão que transporta drogas para outros países, em troca de dinheiro.
Um dos casos investigados resultou na prisão do operador de sistemas de bagagens Isaac Alves da Rocha, 24 anos. A polícia o monitora desde abril de 2021, em virtude de denúncias de uma empresa aérea estrangeira. Na ocasião, a companhia relatou três apreensões de malas com cocaína na Europa. A primeira das bagagens, com 32 quilos de drogas, foi parar em Amsterdã. A segunda, igualmente com 32 quilos, em Berlim. A terceira das malas, cujo peso não foi revelado, também chegou a Amsterdã.
Os agentes federais analisaram imagens de câmeras de segurança e comprovaram o envolvimento de Isaac, funcionário de uma empresa terceirizada que trabalha no terminal aéreo. Ele confessou o crime aos policiais e revelou que ganhava R$ 100 mil para colaborar com os traficantes.
Issac retirava a etiqueta de malas aleatórias e colocava as mesmas etiquetas nas malas com cocaína. As bagagens com etiquetas trocadas eram desviadas da fiscalização automática e não passavam pelo sistema que identifica conteúdos ilícitos, o Baggage Handling System.
Por: Redação Oeste