Moraes diz que big techs devem responder por todo conteúdo monetizado e impulsionado
As medidas se inserem em sua visão de que as plataformas devem ser tratadas como empresas de mídia e não de tecnologia
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes afirmou nesta sexta-feira (31) que irá sugerir ao Congresso que as big techs sejam responsabilizadas por todo conteúdo monetizado e impulsionado. Segundo ele, essa proposta muda a ideia de que as plataformas são só intermediárias.
As medidas se inserem em sua visão de que as plataformas devem ser tratadas como empresas de mídia e não de tecnologia. Ele disse que as plataformas foram cooperativas na eleição, dentro da visão delas do negócio, mas que há falta total irresponsabilidade.
“O que ocorre hoje é uma total irresponsabilidade dos que levam a notícia para milhares de pessoas”, disse. “Dia 8 de janeiro é o grande exemplo de instrumentalização das redes. Várias medidas já eram de destruição e deixaram proliferar.”
Segundo Moraes, no ano passado o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) esperou “até o limite” o Congresso agir em relação à proliferação de notícias falsas. Como isso não ocorreu, o tribunal agiu com resolução que aumentou seus poderes para a retirada de conteúdos.
Ele também quer que a inteligência artificial, já é usada para rastrear pedofilia, por exemplo, seja usada para barrar automaticamente postagens de incitação à violência, racismo, nazismo, entre outros.
“Não podemos deixar de regulamentar senão fica só a decisão extrema que é tirar do ar. É 8 ou 80. Como foi com o Telegram.” Ele lembrou que a rede se recusava a responder à Justiça brasileira, o que o levou a bloquear a rede.
“Milhões de pessoas iam ficar muito felizes comigo, iam se juntar às outras 50 milhões que já estão felizes comigo.” O bloqueio foi revertido após a rede social responder ao Supremo.
Outro ponto que ele levará ao Congresso é que todos os conteúdos idênticos a outros que já tenham sido derrubados sejam automaticamente excluídos das redes. A medida já estava prevista na resolução do TSE publicada durante a eleição.
“Não podemos deixar de regulamentar senão fica só a decisão extrema que é tirar do ar. É 8 ou 80. Como foi com o Telegram.” Ele lembrou que a rede se recusava a responder à Justiça brasileira, o que o levou a bloquear a rede.
“Milhões de pessoas iam ficar muito felizes comigo, iam se juntar às outras 50 milhões que já estão felizes comigo.” O bloqueio foi revertido após a rede social responder ao Supremo.
Outro ponto que ele levará ao Congresso é que todos os conteúdos idênticos a outros que já tenham sido derrubados sejam automaticamente excluídos das redes. A medida já estava prevista na resolução do TSE publicada durante a eleição.