Dino responde deputados sobre visita ao Complexo da Maré.
O ministro da Justiça foi convocado para esclarecer sobre alguns assuntos ligados à Segurança.
Nesta terça-feira (28), a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), da Câmara dos Deputados, ouviu o ministro da Justiça, Flávio Dino, sobre a visita que ele fez ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.
Dino ironizou os deputados que o acusam de ter feito um encontro com o crime organizado que atua na região e disse que, ao ligarem a comunidade com a criminalidade, os deputados da oposição estão incitando a violência contra os moradores das regiões mais pobres do país.
– Como se todos fossem criminosos e não são. E isso é preconceito e eu tenho obrigação de reagir a este ataque – declarou ele contra os parlamentares da oposição.
O ex-governador do Maranhão deixou claro que já recebeu outros convites para visitar áreas pobres do país e que espera receber mais ainda, pois é o seu dever estar com esses cidadãos.
– A reunião foi previamente comunicada à Polícia Civil e à Polícia Militar do Rio de Janeiro, ao Corpo de Bombeiros, à Polícia Federal e à Polícia Rodoviária Federal… e era uma reunião com o Comando Vermelho? (…) O ministério enviou para eles um ofício três ou quatro dias antes – afirmou.
Em tom irônico, Dino disse que convidará alguns deputados para irem com ele, pois acredita que esses parlamentares não têm medo das comunidades pobres.
PERGUNTAS DOS DEPUTADOS
O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) questionou Dino sobre ele resolver processar os deputados que o ligaram ao Comando Vermelho.
– Aquele endereço é o local com o maior número de armas de guerra no Brasil e o maior distribuidor de drogas para Niterói, Baixada Fluminense e Região dos Lagos e isso nos levou a fazer os questionamentos legítimos que temos direito como deputados.
Jordy, seguido pela deputada Caroline de Toni (PL-SC) defenderam a imunidade parlamentar.
Dino, ao respondê-lo, disse que a imunidade parlamentar garantida na Constituição não lhes permite fazer alegações de que ele tem ligações com o crime organizado.
Por Leiliane Lopes
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