Adolescente treinou facadas em casa antes de ataque em escola.

Estudante de 13 anos relatou que a intenção era praticar o atentado com uma arma de fogo.

Adolescente que praticou atentado prestou depoimento nesta segunda-feira Foto: André Ribeiro/Futura Press/Futura Press/Estadão Conteúdo

O adolescente de 13 anos responsável pelo ataque que matou uma professora e deixou outras quatro pessoas feridas na manhã desta segunda-feira (27) na Escola Estadual Thomázia Montoro, em Vila Sônia, na Zona Oeste de São Paulo, teria treinado em travesseiros, no sótão de casa, como esfaquear suas vítimas. A informação foi publicada pelo site Metrópoles nesta terça (28).

No depoimento, o adolescente relatou que ficava muitas horas sozinho no sótão de casa, pois “era onde tinha mais privacidade, para ficar mais à vontade”. Ele também disse ter planejado por dois anos o ataque e que a intenção era realizá-lo com uma arma de fogo. Porém, como não conseguiu o armamento, decidiu usar uma faca.

Na oitiva, realizada na presença dos pais, o estudante disse que sentia tristeza “há muitos anos” e que há aproximadamente dois anos ele passou a ter ideias “de se vingar” com o intuito de “acabar com toda a angústia que sentia”. Ele relatou que sofria bullying por causa de sua aparência e que era chamado de “rato de esgoto”, motivo que o levou a brigar com um colega.

Ao ser perguntado sobre o que seria essa “vingança”, o adolescente teria afirmado que a “vontade era matar pessoas, aproximadamente umas duas, e depois se matar”. O estudante também disse ter se inspirado em outros massacres em escolas, principalmente o ocorrido em Suzano, também em São Paulo, em março de 2019.

No último domingo (26), o autor do ataque na escola disse que pegou a maior faca encontrada na cozinha de casa e guardou-a junto com a máscara e roupa que seria usada no ataque. Já na segunda, ele tirou e postou fotos segurando a faca usada no crime. Na legenda, ele dizia que iria fazer “uma baguncinha na escola”.

O adolescente ainda contou que foi suspenso da Escola Estadual José Roberto Pacheco, em Taboão da Serra, onde estudava antes de ser transferido para o local do crime, porque estava trocando vídeos sobre massacres em escolas com outro aluno. A instituição, por sua vez, disse ter alertado a polícia sobre o comportamento do estudante um mês antes do atentado desta segunda.

Por: Paulo Moura

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