Moro cobra explicações do PT sobre tentativa de derrubar portaria contra visitas íntimas a lideranças do PCC e do CV.
Senador foi acusado por Lula de forjar plano de facção criminosa.
O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) cobrou o PT, nesta sexta-feira, 24, sobre a tentativa da sigla de suspender uma portaria do Ministério da Justiça, quando ele chefiava a pasta, que proibia visitas íntimas às lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho em presídios federais.
À época, o Supremo Tribunal Federal (STF) não deu seguimento ao processo, que também tinha a rubrica de uma ONG, lembrou o congressista. “O desastre foi evitado somente porque o STF extinguiu a ação e protegeu a sociedade contra o crime”, escreveu Moro, no Twitter.
O senador está na mira do PCC. Há dois dias, a Polícia Federal (PF) prendeu uma série de criminosos que participavam de um plano para assassinar o parlamentar e outras autoridades. Ontem, o presidente Lula, sem ser repreendido pelo PT, disse que o plano do PCC era “armação” do senador.
Na quarta-feira 22, agentes da PF cumpriram 24 mandados de busca e apreensão e 11 mandados de prisão. Em nota, a PF informou que “os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea, e os principais investigados se encontravam nos Estados de São Paulo e Paraná”.
Chamada de Sequaz, a operação desarticulou uma organização criminosa que pretendia realizar ataques contra servidores públicos e autoridades, incluindo homicídios e extorsão mediante sequestro, em pelo menos cinco unidades da federação.
O nome da ação se refere ao ato de seguir, vigiar, acompanhar alguém, devido ao método utilizado pelos criminosos para fazer o levantamento de informações sobre as possíveis vítimas, diz a instituição policial.
A PF apreendeu um BMW X3, uma moto, várias cédulas de R$ 50 em um cofre, relógios e três correntes de ouro. A quantia total não foi revelada.
Por> Cristyan Costa
Por: Oeste