Justiça de Goiás torna réus 14 envolvidos em fraude com apostas na Série B
A investigação teve início em novembro de 2022 a partir da denúncia do presidente do Vila Nova de Goiás, Hugo Jorge Bravo de Carvalho
A justiça goiana acatou a denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO) contra 14 pessoas acusadas de participar de um esquema que fraudava o resultado dos jogos da Série B do Campeonato Brasileiro. Segundo a denúncia do MP, seis deles fazem parte de um “grupo criminoso especializado na prática de corrupção em âmbito esportivo, especialmente, em partidas da Série B do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2022.”
A investigação teve início em novembro de 2022 a partir da denúncia do presidente do Vila Nova de Goiás, Hugo Jorge Bravo de Carvalho, do envolvimento de Bruno Lopez na manipulação dos resultados das partidas entre Vila Nova x Sport, Tombense x Criciúma e Sampaio Corrêa x Londrina, para beneficiar apostadores.
A manipulação se daria por meio de cometimento de pênalti no primeiro tempo da partida Vila Nova e Sport. Segundo o presidente do Vila Nova, Bruno Lopez relatou o envolvimento no esquema de Romário, jogador do Vila Nova, e de dois outros jogadores do Sampaio Corrêa e da Tombense.
O esquema foi apurado por meio da Operação Penalidade Máxima, do MP, que no dia 14 de fevereiro cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em Goiânia, São João del-Rei (MG), Cuiabá (MT), São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP) e Porciúncula (RJ).
De acordo com o MP, o grupo criminoso abordava os jogadores com a oferta de R$ 150 mil, sendo que R$ 10 mil eram pagos adiantados. Os jogadores deviam cometer pênaltis no primeiro tempo ou receber cartões amarelos ou vermelhos em determinada etapa da partida em jogos previamente selecionados.
Segundo o MP, Bruno Lopez liderava as ações, Ícaro dos Santos, Luís Felipe Castro, Victor Fernandes e Zildo Neto e eram responsáveis por aliciar jogadores para participação no esquema, realizar pagamentos e promover apostas nos sites esportivos em contas próprias e de terceiros. Camila Silva, mulher de Bruno Lopez, era responsável por realizar transferências financeiras a integrantes da organização criminosa e aos jogadores.
Respondem pelo crime de fraude na Série B
Bruno Lopez de Moura (BL)
Camila Silva da Motta
Ícaro Fernando Calixto dos Santos
Luís Felipe Rodrigues de Castro
Victor Yamasaki Fernandes
Zildo Peixoto Neto
Allan Godoi dos Santos
André Luís Guimarães Siqueira Júnior (André Queixo)
Mateus da Silva Duarte (Mateusinho)
Paulo Sérgio Marques Corrêa
Ygor de Oliveira Ferreira (Ygor Catatau)
Marcos Vinicius Alves Barreira (Romário)
Joseph Maurício de Oliveira Figueredo
Gabriel Domingos de Moura
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