O depoimento de Anderson Torres ao TSE.

Ex-ministro classificou documento apreendido como

‘folclore’.

 

Anderson Torres, em cerimônia do Ministério da Justiça, Brasília, em maio de 2021

Anderson Torres, em cerimônia do Ministério da Justiça, Brasília, em maio de 2021 | Foto: Reprodução/Agência Brasil

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, prestou depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta quinta-feira, 16. Ele foi ouvido na condição de testemunha em uma ação o contra o ex-presidente Jair Bolsonaro que tramita na Corte.

Na oitiva, o ex-ministro classificou como “lixo”, “loucura” e “folclore” a suposta minuta de decreto de Estado de Defesa apreendida pela Polícia Federal (PF) na casa dele. Ele informou desconhecer a origem do documento ou quem teria elaborado a minuta.

O pedido para ouvir Torres partiu do corregedor-geral eleitoral do TSE, ministro Benedito Gonçalves. O magistrado solicitou o depoimento para obter esclarecimentos sobre a existência do suposto documento.

A intenção era também saber da participação de Torres em uma live de Bolsonaro, em 2021, e em uma reunião com embaixadores feita pelo chefe do Executivo no ano passado, onde Bolsonaro criticou o sistema eleitoral brasileiro.

O depoimento foi colhido no curso da ação ajuizada pelo PDT contra o ex-presidente. A sigla argumenta que houve abuso de poder político e econômico de Bolsonaro pela reunião com os embaixadores. O processo pode levar à inelegibilidade de Bolsonaro.

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