Marina Silva atribui recorde de desmatamento a “revanche”.
Ministra também acusou o governo Bolsonaro
de não ser transparente com dados de
desmatamento.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, justificou como “revanche” o recorde de desmatamento registrado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O órgão alertou que 209 quilômetros quadrados da Amazônia foram desmatados nas duas primeiras semanas de fevereiro, o que representa um recorde para o período desde 2015.
– Estão desmatando mesmo no período chuvoso. É uma espécie de revanche às ações que já estão sendo tomadas na ponta. E vamos continuar trabalhando, este é o nosso objetivo – disse.
A declaração foi feita por Marina, na última segunda-feira (27), após a chefe da pasta federal se encontrar com o enviado especial da Presidência dos Estados Unidos para o Clima, John Kerry.
Na ocasião, a ministra ainda fez acusações contra a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) que, segundo ela, não seria transparente em relação aos dados de desmatamento.
– Nós não somos como o governo anterior, os dados são transparentes. As pessoas têm acesso aos dados em tempo real, exatamente para que a gente possa atuar de acordo com a gravidade do problema – justificou.
Apesar de dizer que o governo está trabalhando para reduzir o desmatamento ilegal, Marina não entrou em detalhes sobre as medidas que estão sendo tomadas. Ao falar sobre o assunto, a chefe da pasta federal declarou apenas que há atuação em “várias frentes”.
– As coisas não são mágicas. Temos a clareza da complexidade do problema e estamos trabalhando para que o desmatamento venha a cair estruturalmente. Construiremos um plano, mas mesmo assim estamos agindo emergencialmente em várias frentes contra o desmatamento e outras criminalidades que acontecem no Brasil inteiro – completou.
Paulo Moura
PLENO.NEWS