Total de homicídios no Brasil cai para número histórico em 2022.

O ex-presidente da república, Jair Bolsonaro,

atribuiu a queda de homicídios à maior

circulação de armas.

(Imagem ilustrativa) Foto: Konstantin Savusia / Canva

No ano de 2022, o número de assassinatos, homicídios, suicídios, acidentes ou mortes de causa suspeita no Brasil, caiu para 40,8 mil, o equivalente a 111 mortes violentas por dia. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), esse é o registro mais baixo documentado pela instituição, desde 2007.

A queda de mortes decorrentes de violência no Brasil ainda é debatida por especialistas. Acredita-se que a integração das instituições de segurança pública do país e a criação do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) sejam a causa das reduções.

O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, durante o seu governo, atribuiu a queda de homicídios à maior circulação de armas regularizadas no país. Nos documentos, o caimento dos homicídios registrados em 2021 foi de 41.019 para 40.824, o equivalente a 1%. No estado do Amapá, foram registradas quedas de 29%, a maior coletada pelo FBSP.

Os dados foram divulgados pelo portal G1, com base em informações dos 26 estados e do Distrito Federal. Na Região Norte, houve uma redução de 3,5%. No Centro-Oeste, existiu um aumento de 4,5% de mortes violentas.

O estado de Mato Grosso teve a maior concentração na alta de homicídios no ano passado, 24%. Os estados de Minas Gerais e São Paulo registraram um aumento de 6,3% e 7,1%.

Outra teoria para a redução dos homicídios seria às dinâmicas do crime organizado. De acordo com informações divulgadas pelo site O Antagonista, o domínio de uma facção sobre a outra teria efeito paralelo à diminuição do número de assassinatos. No Amapá, a redução de 28,5% nas mortes, no ano passado, teria vínculo com uma pacificação momentânea entre grupos criminosos.

Historicamente, especialistas afirmam que apenas 5% do total dos homicídios são decorrentes de assaltos, um número baixo para influir na taxa geral. No entanto, por outro lado, a maior circulação de armas aumentaria casos de homicídios circunstanciais, como os causados por brigas de trânsito ou como a chacina de Sinop, no Mato Grosso.

Priscila Brito

PLENO.NEWS

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