Janja fala em controlar mídias sociais com primeiras-damas.

Primeira-dama brasileira criticou “falta de

moderação” das plataformas.

Janja e Lula Foto: Reprodução/Instagram

A primeira-dama brasileira, Janja da Silva, enviou uma carta a Aliança de Primeiras-Damas da América Latina (Alma), nesta segunda-feira (27), abordando três temas para o debate, dentre eles a “falta de moderação adequada” para as redes sociais.

O grupo presidido pela primeira-dama da Costa Rica, Signe Zeikate, realizou seu primeiro encontro do ano, de maneira virtual, nesta segunda. Janja não participou da reunião em razão do lançamento do Movimento Nacional pela Vacinação, em que esteve presente, junto ao presidente Lula (PT), no Guará, Distrito Federal.

Os temas levantados por Janja foram a democracia e instituições democráticas e de participação; Internet, big techs e desinformação; e crise climática e a necessidade de uma nova governança global.

No primeiro assunto, Janja se referiu aos atos radicais em 8 de janeiro, no Distrito Federal, como “tentativa de golpe da extrema-direita”. Ela observou que há uma “janela histórica” aberta convidando os líderes a agir pela preservação da democracia e suas instituições.

No segundo ponto abordado, a primeira-dama brasileira declarou que a desinformação tem servido “como ferramenta de manipulação da população em torno de temas importantes como voto, direitos, fundos públicos, corrupção, e pautas morais como religiões, questões de gênero e sexualidade e com a difamação de pessoas específicas”.

– A divulgação de notícias e informações falsas ganhou outra relevância e potencialidade com o advindo das redes sociais como Facebook, Instagram, WhatsApp e outros. A forma como essas redes sociais funcionam e a falta de moderação adequada, aliadas à ausência de normativas e legislações de regulação dessas plataformas, tanto no nível nacional quanto global (devido ao caráter transnacional da internet), as colocam no centro desses processos de desinformação. Isto não apenas afetou grandemente o Brasil nos últimos anos, como agora me afeta pessoalmente ao me encontrar na posição de primeira-dama do Brasil – disse Janja.

No terceiro tema da carta, Janja defendeu uma liderança global, integrando os países da América Latina para as tomadas de decisão envolvendo assuntos como guerras, ações de cooperação e soluções para desafios climáticos.

– Desse modo, trago aqui a importância de pensarmos em formas de fazer uso de nossas posições para promover e defender a necessidade de uma transformação da governança global, sempre trazendo o papel fundamental da presença de povos e populações que estão sendo afetadas desproporcionalmente a outras na busca e construção de soluções.

Marcos Melo

PLENO.NEWS

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