Chefe do BC acerta ida ao Senado para explicar política monetária.

Ida de Roberto Campos Neto ao Parlamento,

porém, ainda não tem data para acontecer.

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central Foto: José Cruz/Agência Brasil

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, acertou na noite da última quarta-feira (15), durante um jantar com o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), sua ida à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado no começo de março. Ainda não há uma data exata para que a ida aconteça porque o colegiado precisa ser instalado.

De acordo com Vanderlan, Campos Neto se colocou à disposição da CAE para explicar a política monetária. Na visão do parlamentar, a entrevista que o presidente do BC concedeu ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na última segunda (13), teria esclarecido diversas dúvidas sobre a taxa de juros.

Nas últimas semanas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem intensificado os ataques ao nível da taxa básica de juros do país, a Selic, mantida em 13,75% na reunião mais recente do Comitê de Política Monetária (Copom). O presidente também tem atacado a autonomia do BC e a atuação de Campos Neto à frente da autarquia.

Na última terça-feira (14), o PT lançou na Câmara uma frente parlamentar “contra juros abusivos”. O ato político, coordenado pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) e que contou com a presença da deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), teve críticas à atuação do BC.

Lula já foi aconselhado por ministros do governo a baixar a temperatura no confronto contra o presidente do Banco Central. Esses interlocutores alertaram que o confronto só contribui para aumentar o chamado prêmio de risco pedido por quem compra papéis do Tesouro Nacional e financia o governo.

*AE

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