Coritiba pode ter empresário Roberto Justus como sócio ao virar SAF
Segundo apurado pelo Estadão, a empresa ainda avalia o negócio com os representantes do clube paranaense e não há prazo para a conclusão do negócio.
O Coritiba negocia a venda de sua Sociedade Anônima do Futebol (SAF) para a Treecorp Investimentos, fundo brasileiro que tem o ex-publicitário e apresentador Roberto Justus, de 67 anos, entre os investidores. Segundo apurado pelo Estadão, a empresa ainda avalia o negócio com os representantes do clube paranaense e não há prazo para a conclusão do negócio.
Com sede na Avenida Brigadeiro Faria Lima, principal centro empresarial de São Paulo, a Treecorp tem 11 empresas em seu variado portfólio de negócios. Entre elas estão Ademicon, Cabana Burguer, Zeedog e Zu Digital. Estima-se que o fundo tenha cerca de R$ 2 bilhões sob gestão e, agora, vê com bons olhos a oportunidade de levar o futebol para fazer dos seus negócios.
A Ademicon já é parceira do Coritiba desde 2021 em um consórcio digital no qual os torcedores podem aderir para contribuir com o clube. No entanto, não existe ligação com o atual interesse da Treecorp em adquirir a SAF do Coritiba. As negociações são intermediadas pela XP Investimentos, que também participou da captação de investidores para as SAFs de Botafogo e Cruzeiro, comandadas pela Eagle Football, de John Textor, e Ronaldo Fenômeno, respectivamente.
Em balanço publicado no ano passado, o Coritiba declara uma dívida total de R$ 268 milhões. O Estadão apurou que o valor não assusta a Treecorp, que vê segurança jurídica na Lei da SAF e avalia o clube paranaense como “organizado internamente”.
Roberto Justus comentou sobre a possibilidade da Treecorp adquirir um clube brasileiro em entrevista recente ao Flow Podcast. “Vai ser muito difícil pra eu torcer para outro time. Mas minha torcida vai ser para dar certo como negócio. Não é em São Paulo, então não vai competir diretamente no regional. Eu sou fanático por futebol.”
Porém, vale ressaltar que Roberto Justus possui fatia menor na Treecorp e não dá as cartas na empresa. Caso o negócio seja concluído, a tendência é que um CEO seja contratado para administrar a SAF do Coritiba, tirando do empresário qualquer possibilidade de interferir nas decisões. Desde novembro, ele trata um câncer na bexiga.
A constituição da SAF do Coritiba foi aprovada por 95,47% dos sócios, em Assembleia Geral realizada no dia 23 de dezembro do ano passado. De volta à Série A do Campeonato Brasileiro, o time já gastou mais de R$ 20 milhões em contratações. Entre as contratações mais caras estão o volante Bruno Gomes (R$ 5 milhões), os atacantes Robson (R$ 2,2 milhões) e Rodrigo Pinho (R$ 2,7 milhões).
noticiasaominuto.com.br