Cerca de 500 jovens opositores ao governo de Nicolás Maduro saíram às ruas de Caracas, capital da Venezuela, neste domingo (12). O protesto ocorreu para exigir que as autoridades eleitorais abram permanentemente o Registro Eleitoral.

Os manifestantes, que se reuniram no leste da capital para celebrar o Dia da Juventude, tentaram chegar a uma das sedes do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), localizada na Plaza Venezuela, o que não conseguiram fazer, pois foram detidos por um contingente da Polícia Nacional Bolivariana (PNB) nas proximidades da área.

No entanto, os líderes dos partidos políticos e organizações estudantis que lideraram a mobilização foram atendidos por um funcionário do Poder Eleitoral que os abordou e ouviu as suas exigências.

– Nós, os jovens dos partidos políticos e ONGs, estamos mobilizando para exigir que o Conselho Nacional Eleitoral dê respostas para a incrição do Registro Eleitoral, uma vez que o voto é indispensável e necessário para a mudança política e econômica que precisamos – disse Jesús Mendoza, presidente da Federação de Centros Universitários (FCU) da Universidade Central da Venezuela (UCV).

O líder juvenil da Un Nuevo Tiempo (UNT) Jean Carlos Capozzi insistiu que mais de três milhões de jovens “estão tendo negado o direito de participar nas próximas eleições” por não ativarem permanentemente os pontos de Registro Eleitoral em todo o país.

– Estamos nas ruas a exigir o mesmo que sempre exigimos, o nosso direito de poder participar, o nosso direito de poder votar, o nosso direito de poder participar nas próximas eleições – disse Capozzi à EFE.

Na cidade de Maracaibo, no estado de Zulia, uma centena de antichavistas que constituem movimentos universitários regionais também se mobilizaram com as mesmas exigências.

Os opositores convocaram um novo protesto para segunda-feira, no qual pretendem chegar à sede principal do Poder Eleitoral, localizada no centro de Caracas, a fim de solicitar a abertura de 1.500 novos centros de recenseamento eleitoral antes das eleições presidenciais previstas para 2024.

*EFE

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