Lula quer Dilma Rousseff como presidente do Banco do Brics.

Para realizar a mudança, governo tenta

convencer Marcos Troyjo, atual chefe do

banco, a renunciar.

Dilma Rousseff e Lula Foto: EFE/André Coelho

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não pretende manter o economista Marcos Troyjo no comando do Banco do Brics, instituição bancária de desenvolvimento operada pelos cinco países do grupo (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), e já se articula para substituí-lo. Para o lugar dele, o petista tem uma candidata favorita: a ex-presidente Dilma Rousseff.

Indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Troyjo assumiu o Novo Banco de Desenvolvimento – nome oficial da instituição administrada pelo Brics – em maio de 2020 com um mandato até 2025. Entretanto, a saída dele passou a se tornar iminente em razão de críticas feitas a Lula no passado. Enquanto comentarista da Jovem Pan, Troyjo chegou a chamar o petista de “presidiário”.

De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, Lula tem a intenção de que a troca no comando do banco seja resolvida já nas próximas semanas, antes da viagem que ele fará à China, prevista para março. O objetivo do atual presidente seria chegar ao país asiático já com a presença de Dilma na comitiva.

Para tentar sacramentar a substituição, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já conversou com Troyjo sobre o desejo do governo de que ele renuncie ao cargo. O Brasil está no comando do Banco do Brics em razão de um sistema de rodízio entre os países do grupo. O primeiro presidente do Novo Banco de Desenvolvimento foi o indiano Kundapur Vaman Kamath.

Paulo Moura

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