Em depoimento, Torres diz não saber quem é autor de minuta.
Ex-ministro foi ouvido por cerca de 10 horas
pela Polícia Federal.
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres prestou depoimento por cerca de dez horas à Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (2), e negou ter escrito a minuta apreendida na sua casa que previa Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na oitiva, o ex-ministro também negou ter conversado sobre o documento com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Anderson Torres está preso preventivamente por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) na investigação sobre o papel de autoridades públicas nos atos ocorridos no dia 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes.
O ex-ministro disse que “não tem ideia” de quem elaborou a minuta achada em sua casa e que acredita ter recebido o documento em seu gabinete no Ministério da Justiça.
Quando os manifestantes invadiram os prédios do STF, do Congresso e do Planalto, no dia 8 de janeiro, Anderson Torres estava de férias com a família dos Estados Unidos. Ele havia sido nomeado há uma semana para comandar a Secretaria de Segurança do Distrito Federal, cargo que ocupava antes de integrar o governo federal.
CELULAR DE TORRES TAMBÉM É ALVO DE QUESTIONAMENTO
Durante seu depoimento, o ex-ministro também precisou explicar por qual motivo não trouxe o celular quando se entregou à Polícia Federal para ser preso preventivamente no último dia 14 de janeiro. Torres, por sua vez, respondeu que perdeu o aparelho quando estava nos Estados Unidos.
– Indagado a respeito da localização do seu aparelho celular informou que não o deixou nos Estados Unidos, mas o perdeu; que com a decretação de sua prisão no Brasil, passou a ser procurado por uma infinidade de pessoas, ocasião em que resolveu desligar o celular; que não sabe onde ele se encontra, mas pode fornecer a senha da nuvem – diz um trecho do depoimento.
*Com informações AE
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