No Uruguai, Lula polemiza e chama Temer de “golpista”.

Declaração ocorre dois dias após Lula dizer na

Argentina que Dilma sofreu “golpe de Estado”.

Ex-presidente Michel Temer e Luiz Inácio Lula da Silva Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

Após declarar na Argentina que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) sofreu, em 2016, um “golpe de Estado” no Brasil, o presidente Lula (PT) voltou a chamar o ex-presidente Michel Temer (MDB) de “golpista”. Desta vez, a acusação foi feita no Uruguai, durante declaração à imprensa, após reunião com o presidente do país, Luis Alberto Lacalle Pou, nesta quarta-feira (25), em Montevidéu.

O contexto da fala foi quando o presidente petista traçou uma comparação entre o final de seu primeiro governo, em 2010, e a situação atual do Brasil, alegando ter herdado, em 2023, um país “semidestruído”.

– O Brasil não tinha mais fome quando deixei a Presidência e hoje tem 33 milhões de pessoas passando fome. Significa que quase tudo que fizemos de beneficio social no país, em 13 anos de governo, foi destruído em seis anos. Ou melhor, em sete anos. Três do golpista Michel Temer e quatro do governo Bolsonaro. Por isso, que o tema do meu governo é reunião e reconstrução – disparou Lula.

Em tom ainda de campanha, Lula continuou ostentando seus números.

– Quando deixamos a Presidência, o Brasil era a sexta economia do mundo. Voltamos agora, e o Brasil é a 13ª economia. Isso é um desafio que não me deixa triste. É um desafio que me dá otimismo, me dá coragem e me obriga a estabelecer metas – disse o atual chefe do Executivo do Brasil, sem considerar em sua análise delicados momentos econômicos atuais, como a pandemia do novo coronavírus e a guerra entre a Rússia e Ucrânia.

Apesar de governar um país com inúmeras carências em diversas áreas, Lula lembrou de quando assumiu a Presidência, em 2003, e voltou a falar sobre sua perene visão econômica de colocar dinheiro brasileiro em países com “menor suporte econômico”, por entender que o Brasil é o maior da América Latina. Na ocasião, o petista classificou o ato como “política generosa”.

Marcos Melo

PLENO.NEWS

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