O polêmico humorista Paulo Vieira, da TV Globo, está em uma de suas semanas mais gloriosas. Suas declarações a fim de ridicularizar personalidades públicas apoiadoras do presidente Jair Bolsonaro (PL) tem garantido sua presença no noticiário diariamente, desde a exibição do Prêmio Melhores do Ano, no Domingão do Huck. Para consagrar toda essa exposição em função de sua militância política, Vieira será o apresentador do evento de posse do presidente eleito, Lula (PT), no próximo domingo (1º), em Brasília.

O humorista de 29 anos contou que vem sendo ameaçado por seus posicionamentos ideológicos ácidos e garante que não vai se intimidar.

– Minha equipe recebeu ligações dizendo que sabem a hora do meu voo, que sabem onde eu vou estar e que vão me pegar se eu for a Brasília – relatou.

No último domingo (25), no programa de Luciano Huck, Vieira comentou sobre episódio da novela Pantanal e pegou um gancho para debochar do empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan e uma das figuras mais proeminentes na militância a favor do presidente Jair Bolsonaro.

– Que Deus é esse que leva o Véio do Rio e deixa o Véio da Havan? – ironizou o ator, arrancando aplausos e gargalhadas da plateia.

Na mesma atração, o comediante também achincalhou a atriz Cassia Kis, mas sua lacração foi cortada pela emissora na edição e não foi ao ar. Ele comentou que houve um momento neste ano em que teria se perguntado se não estaria se expondo demais na política. Mas quando ligou a televisão e viu a atriz ajoelhada, debaixo de chuva, clamando por intervenção militar, ficou relaxado.

Em entrevista a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, Vieira demonstrou estar muito bem resolvido com toda essa situação causada por ele, ameaçou subir o tom das críticas, e ser ainda mais incisivo na defesa de seu grupo político. O humorista declarou que a repercussão mostra que atacou o “vespeiro certo”.

– Não me arrependo de nenhuma piada contra os golpistas flopados. Pelo contrário, vou piorar. Sei que mídia é poder e vou usar meu poder para construir um país melhor – ressaltou.

Marcos Melo

PLENO.NEWS