Moraes manda prender sócio do canal Hipócritas e Eustáquio.
Eles chegaram a pedir a prisão de Alexandre de
Moraes, mas acabaram presos pelo ministro.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, expediu uma ordem de prisão para Oswaldo Eustáquio e Bismark Fugazza, sócio do canal Hipócritas (YouTube).
Ambos são apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) e participam das manifestações contrárias ao resultado da eleição presidencial, além de se posicionarem contra a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ocorrerá no próximo dia 1º de janeiro.
O influenciador digital Oswaldo Eustáquio já foi preso pela Polícia Federal em 2020, também por ordem de Moraes, por praticar o que o ministro chama de atos antidemocráticos. Eustáquio publicou um vídeo, na última semana, no qual afirmou ter protocolado uma denúncia contra Alexandre de Moraes na Corte Interamericana dos Direitos Humanos. As imagens foram gravadas dentro de um avião, onde ele diz que está indo cumprir a missão mais importante de sua vida.
Na visão de Eustáquio, Moraes está se servindo da máquina do Estado para alcançar seus próprios interesses.
Quanto a Bismark, o pedido de prisão se dá em função de seu posicionamento contrário a Moraes, ao questionamento do último processo eleitoral que deu vitória a Lula e todas as questões recentes do judiciário que dividem o país. Bismark utilizou suas mídias sociais, nesta segunda-feira (26), para dizer que é o povo quem “decide onde coloca sua fé” e que em “questões de minutos, tudo pode mudar”.
Eustáquio e Bismark participaram de uma audiência em uma comissão do Senado, onde criticaram o STF e o processo eleitoral no Brasil. Eles pediram a prisão ou o impeachment de Moraes.
– A gente está junto com o povo na rua há mais de 30 dias. Há 30 dias, junto com o povo. Eu saí de Itajaí, Santa Catarina, e estou aqui em Brasília, desde o dia 3. Tenho andado até com o Oswaldo Eustáquio, que também sofreu censura, hoje está na cadeira de rodas, até por consequência disso – afirmou Bismark durante audiência.
Marcos Melo
PLENO.NEWS