Retrospectiva 2022: confira as principais notícias de janeiro.
Por Agência Brasil* – Brasília
No início do ano, o clima de tensão chegou ao nível máximo na Europa. Embora a Rússia tivesse declarado, junto com outros países, que uma guerra nuclear deveria ser evitada, isso não a impediu de avançar para um conflito armado. O clima de tensão ocorreu por causa do interesse da Ucrânia em se juntar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). No dia 12, a Otan declarou que não permitira que a Rússia interferisse nas ambições ucranianas. Acusada de enviar mais de 100 mil soldados à fronteira entre os dois países, o governo da Rússia disse que preferiria uma solução diplomática à guerra.
No dia 26, os Estados Unidos afirmaram que as exigências russas para que a Otan retirasse tropas e armas da Europa Oriental e para que a Ucrânia não se juntasse à organização eram inúteis. Em resposta, o Kremlin disse que as principais exigências de segurança da Rússia não foram levadas em conta por Washington.
No fim do mês, no dia 28, o presidente norte-americano, Joe Biden, alertou para a forte possibilidade de a Rússia invadir a Ucrânia.
Nova onda de covid-19
A nova variante Ômicron do novo coronavírus fez com que o mundo mergulhasse em uma nova onda da doença no começo de 2022. Já nos primeiros dias do ano, 4 mil voos foram cancelados no mundo. No dia 19, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) afirmou que o vírus se espalhava “como nunca antes” nas Américas. No mesmo dia, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelou que o aumento do número de casos no Brasil era seis vezes acima do observado no início de dezembro de 2021. No fim do mês, no dia 26, um novo recorde de casos: 224.567 diagnósticos positivos de covid-19 em um só dia.
No dia 4 de janeiro, o Ministério da Saúde divulgou o resultado de uma consulta pública sobre a vacinação de crianças. Segundo a pasta, os brasileiros eram contrários à necessidade de apresentação de prescrição médica para vacinação, assim como à obrigatoriedade da vacina. Já no dia 5, o Ministério da Saúde anunciou a aquisição dos imunizantes para o público de 5 a 11 anos. No dia 13, o Brasil recebeu o primeiro lote de vacinas para o público infantil.
Internação do presidente Jair Bolsonaro
Logo no início do ano, no dia 3, o presidente da República, Jair Bolsonaro, foi internado para tratar de um desconforto abdominal. O boletim divulgado no dia seguinte dizia que Bolsonaro apresentou melhora e não precisaria ser submetido a uma cirurgia. No dia 5, o presidente recebeu alta e foi considerado apto a voltar ao trabalho.
Tragédia em Minas Gerais
O início de janeiro trouxe uma tragédia para os moradores de Capitólio (MG). Uma rocha das encostas do famoso cânion da cidade desabou sobre barcos de turistas no dia 8. No total, dez pessoas morreram. Os corpos foram encontrados e identificados.
Veja na TV Brasil:
A polícia disse que continuaria a busca por fragmentos.
Obituário
No dia 20, faleceu um ícone da música brasileira: a cantora Elza Soares, que morreu, em sua casa, de causas naturais, aos 91 anos.
Elza Soares começou a carreira artística fazendo um teste na Rádio Tupi, no programa Calouros em Desfile, de Ary Barroso, e conquistou o primeiro lugar. Após o concurso, ela fez um teste com o maestro Joaquim Naegli e foi contratada como crooner (cantor de orquestra ou conjunto musical) da Orquestra Garam de Bailes, onde trabalhou até 1954, quando engravidou. No ano seguinte, voltou a cantar na noite. Em 1960 lançou seu primeiro disco, Se Acaso Você Chegasse e, em 1962, o segundo LP, A Bossa Negra.
A cantora ganhou diversos prêmios como três prêmios Grammy Latino e dois WME Awards e, em 2020, foi tema do enredo da Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel.
O corpo de Elza foi velado no Theatro Municipal, na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro, no dia 21, e levado em carro aberto do Corpo de Bombeiros para o cemitério Jardim da Saudade de Sulacap, na zona oeste da cidade.
O trajeto passava pela Avenida Atlântica, em Copacabana, bairro em que Elza morou por muitos anos.
Caso Möise
Policiais da Delegacia de Homicídios do Rio foram às ruas, no último dia do mês, à procura dos responsáveis pela morte do congolês Moïse Kabagambe, de 25 anos, assassinado no dia 25. Ele trabalhava como atendente em um quiosque na praia da Barra, no Rio de Janeiro.
Sem folia
Os prefeitos do Rio de Janeiro, Eduardo Paes e de São Paulo, Ricardo Nunes, decidiram em reunião virtual no dia 21 adiar os desfiles das escolas de samba do carnaval nas duas cidades para o fim de semana do feriado de Tiradentes, em 21 de abril. A decisão foi uma orientação das secretarias de saúde das duas cidades e foi motivada pela explosão de casos da covid-19 causados pela variante Ômicron.
“A decisão foi tomada em respeito ao atual quadro da pandemia de covid-19 no Brasil e à necessidade de, neste momento, preservar vidas e somar forças para impulsionar a vacinação em todo o território nacional”, apontou nota conjunta das prefeituras.
Edição: Claudia Felczak
ebc