Chuvas deixam 91 cidades de MG em estado de emergência
Um homem de 48 anos foi soterrado após o desabamento de sua residência em Governador Valadares
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – As fortes chuvas que caíram neste sábado (17) sobre o vale do rio Doce, em Minas Gerais, deixaram um morto. Segundo a Defesa Civil do estado, um homem de 48 anos foi soterrado após o desabamento de sua residência em Governador Valadares, a 315 quilômetros de Belo Horizonte.
É a oitava vítima fatal das chuvas no estado desde o princípio do período chuvoso, em setembro, de acordo com boletim divulgado pela Defesa Civil neste domingo (18). Durante a temporada de chuvas de 2021/2022, foram registrados 30 mortes.
A Defesa Civil diz que 91 municípios de Minas Gerais estão em estado de emergência por problemas causados pelas chuvas. “Os próximos dias serão de chuva forte e volumosa que podem trazer transtornos à população sobre todas as regiões mineiras”, alerta o boletim.
No sábado, houve também um desabamento em Fervedouro, na região da Zona da Mata, localizada a 312 quilômetros da capital. Uma residência que se apoiava sobre galeria de águas fluviais colapsou parcialmente.
Uma outra teve que ser evacuada de forma preventiva. Na cidade, as chuvas deste sábado deixaram quatro desalojados.
As chuvas causaram transtornos também em Belo Horizonte, onde alagamentos provocaram interrupção do tráfego, e em Manhuaçu, a 280 quilômetros da capital, que sofreu com deslizamentos de terra, queda de árvores e enchente.
Desde o início da estação chuvosa, o estado já registrou 1.156 desabrigados e 4.388 desalojados.
No início de dezembro, um forte temporal deixou duas pessoas mortas, além de rastro de destruição na região metropolitana da capital.
Um homem de 72 anos morreu em Santa Luzia, após parte da casa dele desmoronar, e, em Vespasiano, uma adolescente de 17 anos foi encontrada morta dentro de um carro, depois de o veículo ser arrastado pela enxurrada.
O estado de Minas Gerais sofreu com a última temporada chuvosa, na virada de 2021 para 2022. Além dos 30 mortos, 60.593 pessoas foram desalojadas e 9.538 ficaram desabrigadas, números bem superiores aos registrados nos anos anteriores.
Naquela temporada, 450 municípios decretara situação de emergência ou estado de calamidade pública.