Petrobras: BTG estima que ações podem cair 40% com Lula.

Análise decorre principalmente de uma possível

mudança na política de preços.

Edifício sede da Petrobras, no Centro do Rio Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A entrada de Lula (PT) na Presidência da República a partir de 2023 deve alterar drasticamente os rumos das Petrobras e fazer com que a companhia sofra uma forte queda no valor de suas ações que pode chegar a até 40%. É isso que estima uma análise do Banco BTG Pactual divulgada pelo site Metrópoles nesta sexta-feira (2).

De acordo com o veículo, um “palpite” do BTG é que, a julgar pelo que tem sido dito pela equipe de transição de Lula, a petroleira deve alterar a atual política de preços e abandonar total ou parcialmente a paridade internacional, além de reduzir a distribuição de dividendos aos acionistas.

– Comentários recentes de Jean Paul Prates, coordenador de energia no governo de transição e cotado a novo CEO da Petrobras, nos levam a crer que o pagamento de lucros será reduzido para 25%, que é o valor mínimo exigido pela legislação brasileira para companhias abertas – ressaltam os analistas Pedro Soares e Thiago Duarte, do BTG.

Quanto ao valor das ações, a análise é de que a política de preços, que pode reduzir as receitas da Petrobras em médio e longo prazo, e a alteração na distribuição dos dividendos devem derrubar as ações da petroleira, negociadas com os códigos PETR3 e PETR4, em até 40%.

Os especialistas dizem ainda não descartar “novos investimentos para ampliar a capacidade de produção de combustíveis” e que isso, no médio prazo, “aumentaria a habilidade do governo de interferir na política de preços e reduzir a dependência do Brasil de combustíveis importados”. Os investimentos ultrapassariam 100 bilhões de dólares (mais de R$ 520 bilhões).

– Embora o valor de 100 bilhões de dólares pareça exagerado, isso mostra o poder de fogo que a Petrobras tem, e nós tememos que a empresa se tornará mais uma vez instrumento do governo em seus planos de crescimento econômico – completam os especialistas do banco.

Paulo Moura

PLENO.NEWS

 

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