MST publica carta a Lula para pedir distribuição de terra.

No documento, grupo chama o latifúndio de

“predador”.

Lula e Gleisi no assentamento MST Foto: Ricardo Stuckert/ PT

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) publicou uma carta aberta em seu site oficial nesta terça-feira (29), que deverá ser entregue oficialmente ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No documento constam algumas solicitações e sugestões, como a distribuição de terra dos latifúndios a assentados.

O grupo abre a carta, intitulada Carta ao Povo Brasileiro, enaltecendo a vitória do petista como a “renovação de esperanças”, além de “fruto de uma ampla aliança social de todas as forças progressistas”. O movimento diz se propor a “denunciar o aumento das desigualdades, dos crimes ambientais e da fome e a falta de perspectiva que atinge mais de 70 milhões de trabalhadores”.

O documento também defende a necessidade da distribuição de terras de latifúndios para a produção de alimentos, principalmente próximo às cidades, “para que se multipliquem as famílias camponesas produtoras de alimentos”. Além disso, o grupo exige a criação de um plano nacional de reflorestamento.

O MST não poupou críticas ao latifúndio, a quem chamam de “predador” e ao agronegócio.

– Os fazendeiros enriquecem, mas não pagam impostos à sociedade, graças às isenções das exportações. E agridem a natureza com o desmatamento, o uso de agrotóxicos e o mono cultivo – dizem em um trecho da carta.

– Levaremos essas propostas e ideias para o próximo governo Lula e contribuiremos de todas as formas possíveis para que elas sejam aplicadas – ressaltam.

Monique Mello

PLENO.NEWS

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