Mendes suspende investigação de corrupção contra FGV.
O ministro decidiu que a Justiça Federal não deve
investigar o caso, mas sim a Estadual do Rio de
Janeiro.
Nesta sexta-feira (18), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a investigação que a Justiça Federal realizava contra a integrantes da família Simonsen, fundadora da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre suposto esquema de corrupção, fraude e lavagem de dinheiro.
A decisão do ministro foi justificada com a informação de que a é a Justiça estadual do Rio de Janeiro quem tem competência para fazer a investigação, não a Justiça Federal.
– Entendo que houve mais uma indevida atuação expansiva por parte da Justiça Federal no Rio de Janeiro, uma vez que não consta da decisão que deflagrou a denominada operação Sofisma os específicos elementos indicativos da competência do juízo de primeiro grau para o processamento dos fatos sob investigação – diz a decisão de Gilmar Mendes.
OPERAÇÃO SOFISMA
A Polícia Federal deflagrou a Operação Sofisma cumprindo 29 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Os investigados são Ricardo Simonsen, Maria Inês Norbert Simonsen e Rafael Norbert Simonsen.
Trata-se de um desdobramento da delação premiada de Carlos Miranda, braço direito do ex-governador do Rio Sérgio Cabral.
O delator revelou que a “a cúpula da FGV usava a fundação para desviar dinheiro público”.
Em nota, a Fundação Getúlio Vargas se mostrou surpresa com a operação e declarou que ação da PF causou “estranheza e profunda indignação”, pois são temas que a Justiça eleitoral já “sepultou”.
O texto também diz que há muitas famílias com este mesmo sobrenome.
– A assessoria de imprensa da FGV esclarece que não procede a alusão à família Simonsen na matéria sobre a investigação pela Polícia Federal de três personagens citados no inquérito com sobrenome homônimo. Não há “uma família Simonsen”, mas várias famílias Simonsen, tendo, cada uma, suas ramificações. A generalização da família Simonsen como se fosse um único núcleo, portanto, é incorreta.
lEILIANE lOPES
pleno.news