Ministeriáveis de Lula incluem ex-carcereiro e condenados.
Esposa de Chico Buarque, filha de Gilberto Gil e
condenado por lavagem de dinheiro estão na lista de
cotados.
Nos últimos dias, uma lista com nomes cotados para assumir ministérios e cargos do alto escalão do próximo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou a circular na imprensa e nas redes sociais. Entre os nomes estão figuras conhecidas, como a senadora Simone Tebet (MDB-MS), e alguns nomes menos famosos, como o de Jorge Chastalo Filho, cotado para a Polícia Federal.
Por isso, o Pleno.News elaborou uma lista com alguns dos “ministeriáveis” não tão conhecidos do grande público e traz algumas informações, e em alguns casos escândalos, relacionados àqueles que estão sendo cotados para cargos na cúpula da próxima gestão do governo federal. Confira:
“FAMOSOS…MAS DESCONHECIDOS”
Advocacia-Geral da União (AGU) – Luiz Carlos Rocha
O advogado aparece na biografia de Lula, escrita pelo jornalista Fernando Morais, como alguém que visitou o petista quase que diariamente durante o período em que o ex-presidente esteve preso em Curitiba. Ao lado de Manoel Caetano, que está cotado para a Controladoria-Geral da União (CGU), Rocha fez parte da defesa do presidente eleito durante os 580 dias em que ele ficou detido.
Controladoria-Geral da União (CGU) – Manoel Caetano
O advogado Manoel Caetano, a exemplo de Luiz Carlos Rocha, também fez parte da defesa de Lula e costumava visitar o petista em Curitiba. Apenas dois dias depois da prisão, em 9 de abril de 2018, Caetano recebeu a autorização para visitar o ex-presidente. Era ele quem levava informações sobre o andamento dos processos ao petista.
Ministério da Cultura – Bela Gil
Filha do cantor baiano Gilberto Gil, que foi ministro da Cultura entre 2003 e 2008, Bela é mestra em Ciências Gastronômicas pela Universidade de Ciências Gastronômicas da Itália (Unisg). Especialista na chamada “nutrição holística”, Bela possui um canal no YouTube e ficou conhecida por apresentar programas sobre culinária natural no canal GNT, do Grupo Globo.
Ministério da Saúde – Adriano Massuda
Ex-secretário de Saúde de Curitiba, Massuda é médico sanitarista formado pela UFPR, com residências em Medicina Preventiva e Social e em Administração em Saúde pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Fez mestrado e doutorado em Saúde Coletiva na área de Política, Planejamento e Gestão em Saúde também na Unicamp.
Ministério das Comunicações – Leonardo Attuch
Attuch é jornalista e fundador da Editora 247, responsável pelo site Brasil 247 e pela TV 247. Os veículos em questão ganharam notoriedade nos últimos anos pela forte propaganda petista e pelo viés de esquerda com o qual atuam.
Ministério de Minas e Energia – Jorge Samek
O engenheiro agrônomo Jorge Miguel Samek foi candidato a vice-governador do Paraná nas eleições deste ano na chapa de Roberto Requião (PT). Entre 2003 e 2016, durante as administrações de Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer na Presidência da República, ele foi o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional.
Ministério do Desenvolvimento Agrário – João Pedro Stédile
Economista e membro da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Stédile sempre foi um personagem próximo do ex-presidente Lula. O líder do MST participou diretamente da fundação da entidade, em 1984, e atua no grupo até hoje.
Ministério do Planejamento – Márcio Pochmann
Economista, pesquisador, professor e político brasileiro, Pochmann foi presidente da Fundação Perseu Abramo entre os anos de 2012 e 2020, além de presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada entre 2007 e 2012 e secretário do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade de São Paulo de 2001 a 2004, durante a gestão de Marta Suplicy.
Secretaria de Micro e Pequena Empresa – Marco Aurélio de Carvalho
Coordenador do grupo Prerrogativas, Carvalho é filiado ao PT desde os 16 anos. O advogado é uma figura próxima a Lula e foi responsável por ajudar na arrecadação de doações à pré-campanha petista.
Secretaria de Assuntos Estratégicos – Marco Aurélio Santana
Assessor direto de Lula há quase sete anos, Marco Aurélio Santana Ribeiro, apelidado de Marcola, é cotado para assumir um cargo de confiança no governo. Ele é sociólogo e tem mestrado em Ciência Política pela Universidade Federal de São Carlos. O Marcola de Lula iniciou sua trajetória profissional na prefeitura de São Carlos, nas gestões de Newton Lima (PT) e Oswaldo Barba (PT).
Secretaria de Direitos Humanos – Carol Proner
Advogada, professora e doutora em Direito pela Universidade Pablo de Olavide na Espanha, Proner é esposa do cantor Chico Buarque de Holanda. Ela é sócia e fundadora do escritório de advocacia Carol Proner & Advogados Associados.
Polícia Federal – Jorge Chastalo Filho
O nome cotado para chefiar a Polícia Federal a partir de 2023 parece até ser piada: o ex-carcereiro da PF em Curitiba, Jorge Chastalo Filho. O policial foi responsável pela carceragem da Superintendência da Polícia Federal na capital paranaense durante os 580 dias em que Lula ficou preso. Em uma entrevista concedida ao UOL em outubro, ele disse ter votado em Lula.
“OS ENVOLVIDOS EM ESCÂNDALOS”
Ministério da Defesa – Aldo Rebelo
Em 2016, em um documento de pré-delação à Lava-Jato, o ex-deputado Pedro Corrêa (PP) afirmou que Aldo Rebelo recebia um terço da propina supostamente destinada ao PCdoB. O suposto pagamento de propina teria ocorrido durante o ano de 2004, de acordo com a versão do delator.
Ministério do Desenvolvimento Social – Rui Costa
Costa é alvo do inquérito que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suspeita de estelionato, lavagem de dinheiro e fraude em licitação no caso dos respiradores que foram adquiridos pelo Consórcio Nordeste por quase R$ 50 milhões, mas que nunca foram entregues. O petista baiano era, à época da licitação, presidente do consórcio.
Ministério da Previdência Social – Paulinho da Força
O deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) foi condenado em 2020 por crime contra o Sistema Financeiro Nacional, lavagem de dinheiro e associação criminosa. No entanto, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a condenação e permitiu que ele pudesse concorrer a um novo mandato. Apesar disso, ele não conseguiu se eleger.
Ministério da Infraestrutura – Washington Quaquá
O ex-prefeito de Maricá Washington Luiz Cardoso Siqueira, o Quaquá (PT), já foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) pela prática de abuso do poder político e conduta vedada a agente público. Ele era acusado de utilizar o lançamento do Programa Renda Melhor em Maricá para obter benefícios eleitorais.
Ministério dos Transportes – Jilmar Tatto
Jilmar Tatto responde junto com Fernando Haddad (PT) a uma ação de improbidade administrativa que apura o superfaturamento na implantação da ciclovia Ceagesp-Ibirapuera, feita quando Haddad era o prefeito da capital paulista. Segundo o Ministério Público, cada quilômetro teria saído com sobrepreço de cerca de R$ 4 milhões.
Paulo Moura
PLENO.NEWS