França importará eletricidade da Espanha em níveis máximos.

Diagnóstico foi apresentado, nesta terça-feira, pelo

órgão gestor das redes elétricas francesas, RTE.

Macron não é de esquerda. E está longe de ser "guerreiro do povo  brasileiro" (ou francês)

Paris, capital da França Foto: Pixabay

No próximo inverno europeu, entre dezembro e fevereiro, a França importará da Espanha quase toda a eletricidade que permitem as interconexões atuais pelos problemas em seu parque nuclear, que não estão sendo solucionados depois das greves dos funcionários de algumas usinas.

O diagnóstico foi apresentado, nesta terça-feira (18), pelo órgão gestor das redes elétricas francesas (RTE). A decisão alerta para o risco de desabastecimento para o país, caso se prolonguem as paralisações nas centrais nucleares.

O prolongamento das paralisações “teria fortes consequências” no meio do inverno, conforme detalha a RTE em comunicado, embora, a curto prazo, o risco de faltar eletricidade nas próximas semanas seja classificado como de “muito fraco” a “moderado”.

Os reatores nucleares franceses normalmente geravam 70% da energia elétrica da França. Mas, atualmente, estão em operação 30 dos 56, por causa de trabalhos de manutenção que estão sendo feitos há meses. Em função disso, o país tem sido obrigado a importar, sobretudo, da Alemanha, Bélgica, Espanha e Reino Unido.

As greves na companhia de eletricidade EDF, que gere todos os reatores do país, já representaram o atraso de duas a três semanas na reativação de alguns deles, com isso, há questionamento sobre o calendário proposto pelo governo para a companhia estatal, para que aumente a produção nuclear até janeiro.

Para compensar as carências de energia nuclear, a França prevê seguir comprando eletricidade da Alemanha e da Espanha.

As capacidades atuais de interconexão entre Espanha e França se limitam a 2,8 mil megawatts e devem aumentar até 5 mil megawatts até 2027, graças a uma nova linha submarina pelo Golfo da Biscaia.

A “exceção ibérica” autorizada pela Comissão Europeia permite colocar um teto no preço do gás utilizado para gerar energia elétrica. Por outro lado, na França, os preços dos futuros no mercado para o quarto trimestre de 2022 e o primeiro de 2023, dispararam de uma forma que a RTE considera “desproporcional”.

Para o gestor da rede, esses preços (que chegou a superar a barreira dos mil euros por megawatt hora) “representam um valor de risco excessivo”.

*EFE

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