521 mil eleitores anularam voto ao teclar 22 para governo de SP.
Confusão entre o número do presidente Jair Bolsonaro
e o do ex-ministro pode ter motivado possível erro.
Mais de 520 mil eleitores de São Paulo acabaram anulando seus votos no primeiro turno das eleições deste ano ao teclarem o número 22, do presidente Jair Bolsonaro (PL), na hora de depositar a escolha para o cargo de governador de São Paulo. Como o estado não tinha candidatos do PL na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, os 521.015 votos dados para o partido foram considerados nulos.
Na disputa pelo Executivo paulista, o candidato que tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL) é o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), cujo número é o 10. A possível confusão feita por alguns eleitores quanto ao número do ex-ministro já havia sido apontada por ele há alguns dias, quando Tarcísio disse que sua equipe estava apurando quantos eleitores tinham votado 22.
De acordo com as regras da Justiça Eleitoral, o voto é anulado quando o eleitor digita um número que não corresponde a nenhum candidato oficialmente inscrito e confirma a escolha. Esses votos, assim como aqueles marcados em branco, são computados para fins estatísticos, mas não são considerados válidos.
Apesar do número expressivo de votos possivelmente “errados”, a quantidade não seria suficiente para que Tarcísio pudesse ser eleito já no primeiro turno. Com os 9.881.995 votos que obteve, o ex-ministro teria que aumentar seu eleitorado em mais 2 milhões de pessoas para que atingisse a votação necessária para evitar a segunda rodada da eleição.
Paulo Moura
PLENO.NEWS
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