Hackers exigem R$ 26 milhões para não vazar dados da Record.
Invasores ameaçam publicar informações da emissora caso quantia não seja paga.
Os hackers que “sequestraram” o arquivo de conteúdo da Record TV no último sábado (8) estariam exigindo o pagamento de 5 milhões de dólares (cerca de R$ 26 milhões) para devolver a “chave” de acesso ao sistema da emissora. A informação foi publicada no Twitter pelo jornalista Felipe Payão, do site TecMundo.
De acordo com Payão, a partir de dados trazidos pelo especialista em cibersegurança chileno Germán Fernández, o valor de 5 milhões de dólares seriam um desconto comparado aos 7 milhões de dólares (cerca de R$ 36 milhões) inicialmente pedidos.
O jornalista aponta que há 99% de chance de as informações reveladas por Fernández estarem certas, visto que a postagem na qual os hackers fizeram a “chantagem” contra a emissora foi feita do Brasil e possui uma linha do tempo que coincide com o ataque realizado no último sábado.
Segundo Payão, os hackers ainda ameaçam que, caso o “resgate” não seja pago, tudo que foi obtido será publicado na internet. Por outro lado, caso a quantia seja quitada, os hackers ainda ofereceram uma espécie de “consultoria” à emissora, como, explicar a forma como a invasão foi feita e mostrar meios de proteção.
– Tivemos todo tempo para estudar toda a sua infraestrutura e vocês não serão capazes de parar o ataque – ameaçaram os hackers em mensagem que teria sido enviada para a Record.
De acordo com o colunista Ricardo Feltrin, os arquivos “sequestrados” contêm gravações de programas e quadros passados, ou que seriam exibidos no futuro, bem como informações financeiras sigilosas da emissora, além de dados dos funcionários e da intranet da emissora (incluindo, possivelmente, emails).
Desde o dia da invasão, a Record não consegue acessar esse arquivo. Isso fez com que programas da emissora tivessem que correr contra o tempo para preencher as lacunas causadas na programação por causa do ataque. A solução em alguns casos foi usar arquivos físicos, como cards, discos e até fitas para tentar contornar o quadro.
Paulo Moura
PLENO.NEWS
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