Lira defende “punir e banir” empresas de pesquisas eleitorais.
Presidente da Câmara diz que empresas de pesquisas
não devem ser usadas para conduzir o eleitorado.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defende uma mudança legislativa para responsabilizar os institutos de pesquisa. Em entrevista à GloboNews, Lira discorreu sobre sua vontade de colocar para votação no Congresso um projeto de regulamentação das pesquisas eleitorais.
– Nós tínhamos pesquisas que mostravam o Tarcísio [de Freitas], candidato do Republicanos ao governo de São Paulo dez pontos atrás [de Fernando Haddad (PT)] e a realidade da eleição mostra o Tarcísio na frente. As votações e expressões da população brasileira deixam claro que as empresas de pesquisa não devem ser usadas para conduzir o eleitorado – disse o presidente da Câmara.
Lira lembrou, durante a entrevista, que quando a Câmara tentou votar no código eleitoral surgiram algumas complicações como, a forma de responsabilizar as empresas de pesquisas.
– A gente tem que votar [a regulamentação] no Congresso Nacional – afirmou.
Na segunda-feira (3), um dia após o primeiro turno das eleições, o deputado falou nas redes sociais sobre o resultado eleitoral e afirmou que “ao contrário das pesquisas, os números não erram”.
– As urnas aprovaram as pautas de modernização do Brasil e confirmaram que estamos no caminho certo. Ao contrário das pesquisas, os números não erram. E esta vontade se confirmará ainda mais no segundo turno. Será mais uma festa da democracia! – escreveu.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, nesta terça (4), Lira reforçou sua posição sobre as pesquisas eleitorais, mas ponderou que uma CPI seria “muito forte”.
– Eu tenho sido muito procurado por parlamentares para a instalação de CPI. Eu, particularmente, penso que CPI é um instrumento muito forte no Congresso Nacional. Neste caso, não sei se seria adequado, mas uma alteração dura na legislação para que a gente possa reprimir, punir e banir do sistema político brasileiro empresas de pesquisas – afirmou o parlamentar.
*Com informações da AE
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