Coreia do Norte lança míssil que sobrevoou norte do Japão.
Este é o quinto lançamento de aparatos similares, nos
últimos dez dias.
Nesta terça-feira (4), a Coreia do Norte disparou um míssil balístico que sobrevoou o norte do Japão antes de cair no Oceano Pacífico. Este foi o primeiro incidente deste tipo desde 2017. O lançamento representa a maior distância percorrida até hoje por um projétil norte-coreano.
O último teste de Pyongyang provocou a ativação do sistema de alerta civil em várias localidades japonesas, com o acionamento de sirenes antimísseis. Foi recomendado por alto-falantes e mensagens de texto que a população procurasse refúgio.
Este é o quinto lançamento de aparatos similares pela Coreia do Norte nos últimos dez dias, e um novo capítulo na escalada de tensões na península coreana, que coincidem com manobras militares conjuntas de Seul, Washington e Tóquio, além da visita da Coreia do Sul da vice-presidente americana, Kamala Harris.
O míssil foi disparado da província norte-coreana de Jagang, por volta de 7h23 locais desta terça-feira (19h23 de Brasília), e alcançou uma altura máxima de 940 quilômetros, tendo percorrido 4,5 mil quilômetros antes de cair nas águas do Pacífico, segundo detalhou o Estado Maior Conjunto da Coreia do Sul.
– Consideramos que se trata do míssil que percorreu maior distância até a data – afirmou o ministro da Defesa do Japão, Yasukazu Hamada.
O integrante do governo nipônico informou que o projétil foi parar a cerca de 3,2 mil quilômetros ao leste do arquipélago japonês.
O exército sul-coreano estima que se tratou, provavelmente, de um “míssil balístico de alcance intermediário” e divulgou que está analisando as informações disponíveis com aliados, para determinar o tipo exato de projétil.
O último lançamento desse tipo de armamento pela Coreia do Norte aconteceu em janeiro deste ano, quando foi testado um projétil Hwasong-12, que alcançou altura de 2 mil quilômetros e percorreu uma distância de 800 quilômetros.
Muitos especialistas acreditam que o fato do projétil ter sobrevoado o Japão hoje possa apontar uma intensificação, em quantidade e magnitude dos testes de armas norte-coreanas, como aconteceu em 2017.
O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, classificou o teste da Coreia do Norte como “ato de barbárie”. Já o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, advertiu Pyongyang sobre uma “resposta decidida”, diante da “imprudente provocação” do país vizinho.
*EFE
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