A embaixadora da União Europeia (UE) na Nicarágua, Bettina Muscheidt, foi expulsa do país após o bloco expor a perseguição à Igreja Católica, à imprensa e a opositores políticos.

Um funcionário não identificado do Ministério das Relações Exteriores alegou que a expulsão se deve à “interferência e desrespeito à soberania nacional” de seu país por parte da União Europeia (EU).

A alemã Muscheidt foi notificada verbalmente pelo regime de Daniel Ortega sobre sua expulsão, segundo fontes ligadas ao Parlamento Europeu. As informações são da Gazeta do Povo.

O regime do ditador Daniel Ortega foi denunciado durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque. Na ocasião, o grupo apontou que “as autoridades nicaraguenses devem acabar com a repressão, incluindo a repressão contra adversários políticos, o clero, a mídia independente, a sociedade civil e os defensores dos direitos humanos”.

Antes disso, o Parlamento Europeu já tinha se manifestado contra a prisão do bispo Rolando Álvarez, sobre os 206 presos políticos que o governo de Daniel Ortega mantém, sobre o fechamento de mais de uma centena de ONGs e sobre a proibição de funcionamento dos partidos políticos de oposição.

Preocupados com o que está acontecendo no país, os eurodeputados pediram que a UE e o Conselho de Segurança da ONU abram uma investigação formal contra a Nicarágua e Ortega por crimes contra a humanidade.

Leiliane Lopes

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