Petrobras vê mais margem para baixar gasolina do que diesel

O combustível já cedeu 19,2% no acumulado de quatro quedas desde meados de julho.

Petrobras vê mais margem para baixar gasolina do que diesel

A Petrobras trabalha com cenário em que há espaço para novas reduções no preço da gasolina no curto prazo. No caso do diesel, porém, as quedas são menos prováveis, dizem fontes com conhecimento do assunto. O presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, e seus diretores planejariam, portanto, reduzir mais ainda os preços da gasolina aos distribuidores. O combustível já cedeu 19,2% no acumulado de quatro quedas desde meados de julho.

 

Esses novos ajustes, apurou o Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, devem continuar a respeitar critérios técnicos de alinhamento ao preço de paridade de importação (PPI), que acompanharam os recuos nas cotações internacionais do petróleo e de seus derivados.

 

A leitura é de que a gasolina tem estoques em reconstrução no mundo e cotações mais resilientes mesmo quando pressionadas, enquanto o diesel segue sob forte volatilidade.

 

Segundo a Associação Brasileira de Importadores de Combustível (Abicom), o preço médio da gasolina da Petrobras estava 5%, ou R$ 0,17, acima do PPI, enquanto a o diesel estaria 2%, ou R$ 0,09, acima do preço de referência. Os dois combustíveis poderiam ser, em tese, ajustados para baixo.

 

Mas, no caso da gasolina, essa diferença positiva tem se mantido na maior parte dos dias desde a primeira quinzena de julho, enquanto o diesel tem oscilado mais. Em 25 de agosto, por exemplo, o diesel da Petrobras chegou a ficar 6%, ou R$ 0,34, abaixo do PPI, voltando à paridade no último dia do mês.

 

Fator político

 

Embora respaldados pelo PPI, o fato é que novas quedas na gasolina também atenderiam a pressões do Planalto a um mês das eleições.

 

Uma fonte com conhecimento da empresa prevê pelo menos mais três reduções no preço da gasolina em refinarias da Petrobras até as eleições presidenciais de outubro. Caso o cenário se mantenha, ajustes para baixo poderiam ser fatiados, girando em torno de 5% a cada semana, também para estabelecer calendário positivo ao governo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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