RJ: Aos gritos de “assassina”, Monique Medeiros deixa a prisão.

Mãe do menino Henry Borel teve a prisão preventiva

revogada pelo STJ.

Monique Medeiros deixou a cadeia nesta segunda-feira Foto: Reprodução/Print da TV Globo

A Justiça do Rio de Janeiro expediu, na manhã desta segunda-feira (29), o alvará de soltura de Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, morto em março de 2021. E durante a parte da tarde, Monique deixou o Instituto Penal Santo Expedito, localizado em Bangu, na Zona Oeste do Rio.

Ao sair da prisão, Monique foi “recepcionada” com gritos de assassina, de acordo com informações do portal G1.

Na última sexta-feira (26), o ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), revogou a prisão preventiva de Monique e determinou que ela responda em liberdade ao processo pela morte do filho. Na decisão, o ministro considerou que não era possível manter a prisão “sem a descrição de circunstâncias concretas que justifiquem a medida”.

– Não se pode decretar a prisão preventiva baseada apenas na gravidade genérica do delito, no clamor público, na comoção social – declarou.

Antes de ter a liberdade concedida pelo ministro João Otávio de Noronha, a defesa de Monique teve um habeas corpus analisado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, Gilmar considerou que a prisão de Monique se justificava “diante da gravidade concreta dos delitos praticados”.

Após a decisão que determinou a soltura da mãe de Henry, o pai do menino, Leniel Borel, disse que a determinação do ministro era “um absurdo”.

– Mataram meu filho mais uma vez em uma decisão unilateral do Judiciário brasileiro. É muito triste, como pai, ter que lutar todo dia e ainda assim ver que o sistema beneficia, em vez da vítima, o assassino. É um absurdo, e vou tentar recorrer, sim – disse ele ao G1.

Por: Henrique Gimenes

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