Apesar de se aproveitar do período eleitoral para cobrar o presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o Auxílio Brasil, o deputado federal André Janones (Avante-MG), aliado do ex-presidente Lula (PT), já trava há três meses a tramitação de um projeto de lei que institui um auxílio de R$ 1,2 mil a mães que são chefes de família monoparentais.

O parlamentar foi escolhido como relator do PL 2.099/2020 na Comissão de Seguridade Social e Família, da Câmara dos Deputados, no dia 20 de maio deste ano. Pouco mais de dez dias depois, em 1° de junho, o prazo de cinco sessões para proposição de emendas terminou e, com isso, o projeto passou a aguardar o parecer de Janones, que ainda não foi apresentado.

De autoria do deputado Assis Carvalho (PT-PI), o projeto foi enviado à Comissão de Seguridade Social após ser aprovado, em novembro de 2021, na Comissão dos Direitos da Mulher. A medida estipula que o pagamento do benefício será feito à mulher sem cônjuge ou companheiro e que tenha ao menos uma pessoa menor de 18 anos sob seu sustento.

Para receber o valor, as beneficiárias deverão cumprir uma série de requisitos, como possuir uma renda familiar per capita de até meio salário mínimo ou renda familiar mensal de até três salários mínimos.

Apesar de segurar a tramitação do projeto que favorece as mães solteiras, Janones foi ao Palácio do Planalto na tarde da última quinta-feira (25) e provocou um pequeno tumulto com seguranças do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI).

No Facebook, o deputado disse que teria ido ao local para “cobrar” Bolsonaro sobre o fim do Auxílio Emergencial. O ministro-chefe do GSI, general Augusto Heleno, disse, no entanto, que Janones usou palavras agressivas para atingir Bolsonaro e os agentes de segurança, mas que foi ignorado pela equipe.

Por: Paulo Moura

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