Políticos destacam tom amistoso da entrevista do JN com Ciro.
Integrantes e ex-membros do
governo Bolsonaro afirmaram que
tratamento dado ao pedetista foi
bem diferente do aplicado ao
presidente.
Diversos políticos comentaram, nesta terça-feira (23), a diferença de tratamento dado ao ex-governador Ciro Gomes (PDT) na sabatina dos presidenciáveis no Jornal Nacional, da TV Globo, em relação à postura adotada pelos apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos com o presidente Jair Bolsonaro (PL), na entrevista de segunda (22).
Nas redes sociais, figuras políticas ressaltaram que o pedetista encontrou um ambiente mais “amistoso” no jornalístico, enquanto a conversa com Bolsonaro foi conduzida com um tom mais parcial. O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, destacou que a entrevista foi feita com “equilíbrio”, o que não aconteceu na conversa com o presidente.
– Parabéns ao Jornal Nacional pela excelente condução da entrevista com um candidato a presidente da República: equilibro, suavidade, respeito. Não foi possível com o presidente Bolsonaro. Mas, pelo menos, é bom saber que é possível – escreveu.
Já o ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou que o âncora William Bonner teria aproveitado as perguntas feitas a Ciro para “falar inverdades do governo Bolsonaro sobre ao auxílio” e que a entrevista desta terça teve um roteiro “ameno” e “sem agressividade”.
– Parece que Bonner esqueceu a arrogância e o deboche, mas não esqueceu o Bolsonaro. Até nas perguntas “amistosas” pro Ciro Gomes, ele aproveita para fazer propaganda negativa e falar inverdades do governo Bolsonaro sobre ao auxílio. Melhoraram o microfone, a luz, tom de voz, o roteiro está ameno, sem agressividade, sem ironias, sem caretas, sem interrupções. Tudo isso em 24h! – afirmou.
Para o ex-ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho, que é candidato ao Senado pelo Rio Grande do Norte, o tratamento dado pelos apresentadores a Ciro Gomes demonstrou “passionalidade”, “preferência” e “falta de isonomia entre candidatos”. O ex-membro do governo questionou como será a condução da entrevista com Lula (PT), marcada para esta quinta (25).
– Que diferença de tratamento entre o Ciro e o Bolsonaro, por parte da Globo, nada contra deixar o candidato falar, tudo contra a passionalidade, a preferência e falta de isonomia entre candidatos. Imagino o que acontecerá na quinta. Lamentável – completou.