YouTube exclui vídeos que põem em dúvida facada em Bolsonaro
Remoções devem-se a uma atualização
relacionada à política de combate aos
discursos de ódio na plataforma.
No mesmo dia em que removeu a live do presidente Jair Bolsonaro no encontro com embaixadores, em evento realizado no dia 18 de julho, deste ano, o YouTube também excluiu de sua plataforma, nesta quarta-feira (10), qualquer vídeo que questione a veracidade da facada que o chefe do Executivo sofreu no munícipio de Juiz de Fora, Minas Gerais, em setembro de 2018, durante ato de campanha às eleições gerais daquele ano.
Entre os vídeos deletados está o documentário que o site Brasil 247 produziu sobre o atentado contra Bolsonaro. Segundo a plataforma, as remoções são frutos de uma atualização relacionada à política de combate aos discursos de ódio no YouTube. A informação é do colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles.
– Nossa política de discurso de ódio proíbe conteúdo que negue, banalize ou minimize eventos históricos violentos, incluindo o esfaqueamento de Jair Bolsonaro. O discurso de ódio não é permitido no YouTube, e removeremos material sobre o esfaqueamento de Jair Bolsonaro que viole esta política se não fornecer contexto educacional, documental, científico ou artístico no vídeo ou áudio – afirmou a plataforma em nota encaminhada à coluna.
Além da live de Bolsonaro e do documentário sobre a facada, o YouTube já proibia, nesse mesmo contexto, vídeos que questionam a ocorrência do holocausto judeu, durante a Segunda Guerra, ou abordam de forma inverídica o assassinato de George Floyd, nos Estados Unidos, por exemplo.
Nenhuma dessas remoções representará uma punição ao canal que publicou os vídeos, ou seja, o canal não será penalizado, já que o YouTube entende que o usuário não errou ao publicar com as regras até então vigentes.
A partir dessa nova atualização, quem publicar conteúdo considerado pela plataforma como uma violação de suas regras poderá receber um alerta, ser punido temporariamente ou até ter seu canal banido definitivamente.
Por: Gabriel Mansur
PLENO.NEWS
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