G7 exige que Rússia retire tropas de centrais nucleares da Ucrânia.

Grupo manifestou “profunda” preocupação

com os riscos de acidente nuclear.

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Radiação [Imagem Ilustrativa] Foto: Unsplash / Ilja Nedilko

Os ministros das Relações Exteriores do G7, grupo dos sete países mais industrializados do mundo, exigiram nesta quarta-feira (10) que a Rússia retire as tropas da central nuclear de Zaporizhzhia e de outras usinas na Ucrânia, devolvendo o controle de todas as instalações para as autoridades de Kiev.

O G7, integrado por Alemanha – que exerce a presidência rotativa -, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, fez um apelo enquanto se intensificam as tensões em torno da usina de Zaporizhzhia, a maior central nuclear da Europa.

– É a permanência do domínio russo sobre a central nuclear que coloca em risco à região – indicaram os ministros das Relações Exteriores do grupo, por meio de comunicado.

Os responsáveis pelos corpos diplomáticos das sete nações se mostraram “profundamente preocupados” com a “séria ameaça” gerada pela ocupação russa nas instalações. Segundo os ministros, isso “eleva significativamente o risco de um acidente ou de um incidente nuclear, e põe em perigo a população da Ucrânia e dos países vizinhos e da comunidade internacional”.

Os responsáveis pelas chancelarias do G7 acrescentaram que o controle russo ainda impede que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) adote medidas para supervisionar as atividades nucleares civis na Ucrânia.

Neste sentido, os titulares das Relações Exteriores do grupo manifestaram apoio aos esforços do diretor-geral da AEIA, que é vinculada à ONU, Rafael Grossi, para reforçar a segurança nuclear na Ucrânia.

– Reforçamos a importância de tornar possível o envio de especialistas da AEIA para Zaporizhzhia, devido às preocupações sobre segurança e garantias nucleares, assim como as medidas a serem tomadas a respeito. Os funcionários da AEIA devem ter um acesso seguro e sem restrições a todas as usinas nucleares na Ucrânia e poder fazer contato de forma direta e sem obstáculos com autoridades ucranianas responsáveis pelo seu funcionamento – indicaram os ministros.

Após vários ataques contra a central de Zaporizhzhia, no fim da semana passada, Ucrânia e Rússia – que está controlando a central desde fevereiro -, se acusaram mutuamente de colocar em risco à segurança da instalação.

*EFE

Por: Thamirys Andrade

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