Jornalista Anna Ramalho morre no Rio aos 73 anos

A colunistas iniciou sua carreira em 1971

Jornalista Anna Ramalho morre no Rio aos 73 anos

Ajornalista Anna Ramalho morreu ontem (27), aos 73 anos, em consequência de embolia pulmonar, na Casa de Saúde São José, no Humaitá, zona sul do Rio.

Uma das mais destacadas colunistas do Brasil, Anna iniciou sua carreira, em 1971, nas revistas Manchete e Pais&Filhos. A jornalista passou ainda pela redação de O Estado de São Paulo, no Rio, e, entre 1977 e 1990, foi editora da Coluna Carlos Swann, no jornal O Globo, Saiu de lá para trabalhar na coluna de Zózimo Barroso do Amaral, no Jornal do Brasil (JB). Em 1982 foi para o O Dia e junto com Fred Suter assinou uma coluna no jornal. Em 2000 voltou ao JB e, ao mesmo tempo, criou o site que leva o seu nome.

Em uma mensagem, o sobrinho e também jornalista e colunista Guilherme Amado informou que o velório de Anna Ramalho será de 13h às 16h no Memorial do Carmo, no Caju, região portuária do Rio.

Em seu site, em maio, a jornalista anunciou a descoberta de dois tumores no pulmão esquerdo, aos quais chamava de milicianos. “A notícia do câncer me foi dada em 3 de maio, mesma data em que fui batizada, há 73 anos, dia em que renasci como cristã. Hoje, 30 de maio, fechando o mês de Maria, lindo sol, luminosidade sem igual e temperatura amena, sigo cheia de esperança para o primeiro dia de tratamento”, revelou.

Embora abalada com a notícia, a jornalista se mostrava confiante no combate ao câncer. “Sofri também, não vou mentir. Fiquei abalada. Mas já sacudi a poeira rapidinho. O importante é ficar boa, seguir na luta para expulsar esses milicianos bandidos que não vão tomar meu território de jeito nenhum”, comentou.

Ainda no site, Anna contou que chegou a questionar se deveria escrever sobre um problema tão delicado e pessoal. Foi a sobrinha Clara quem a convenceu.

“Não pretendo ser a influencer do câncer, a lacradora da moléstia, me exibir nas redes, colecionar likes – hoje, tudo se resume a isso, né, não? Uma pobreza, um monte de gente estranha e hábitos esquisitos num mundo fake, surreal. Mas sei que posso ajudar dentro da minha despretensiosa rede de seguidores e pretendo fazê-lo escrevendo algumas crônicas sobre o assunto. Se tudo correr como espero, vou conseguir deixar minhas impressões enquanto cumpro a agenda de seis semanas, prevista para a cura. Sem abandonar o bom humor jamais, prometo”, contou.

Em texto, a jornalista agradeceu o apoio da família. “Sou uma pessoa abençoada, tenho certeza disso. Além de cercada de competências por todos os lados, tenho uma família sensacional, ainda que pequena. Meu filho Christiano, Carol, minha nora, que se fosse filha não seria tão perfeita; minha Bela Antonia, que larga tudo pra dormir com a vovó durante a semana; minha pequena Olívia, apoiando com amor e sorrisos. A mana, Bel, é meu porto seguro, minha alma gêmea – e meus sobrinhos, Clara e Guilherme, Flávio e Bia, mais os pequenos Alice, Gustavo e Júlia, bênçãos que recebi. Amo muito”.

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