Morre Paul Sorvino, ator de ‘Os Bons Companheiros’ e ‘Law & Order’
Além de ator, Sorvino também se dedicou à escultura e à carreira de cantor de ópera.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Morto nesta segunda-feira (25) aos 83 anos, Paul Sorvino foi um ator que entrou na mente de alguns dos homens mais sórdidos que já passaram por Hollywood. Foi assim em “Os Bons Companheiros”, por exemplo, o grande papel de sua carreira.
Os personagens do ator, com frequência, eram quietos e misteriosos, e escondiam por trás dessa fachada uma natureza sombria, até mesmo criminosa. Além do clássico de máfia dirigido por Martin Scorsese em 1990, ele também ganhou fama com a série “Lei e Ordem”, ou “Law & Order”.
No filme, interpretou Paulie Cicero, que comandava uma rede de crime em Nova York com frieza e muito autocontrole. Um colega de elenco seu, Ray Liotta, também morreu recentemente, em maio. Na série, viveu Phil Cerreta, que estava do outro lado, já que era policial, mas nem por isso esteve em menos cenas de violência.
Outro trabalho de impacto foi na peça e, depois, na adaptação cinematográfica de “O Campeão da Temporada”, de 1982, uma tragicomédia vencedora do Pullitzer e que lhe rendeu uma indicação ao Tony, o maior prêmio do teatro americano. Nela, encarnou um milionário arrogante e maldoso, que tem um caso com a mulher do prefeito de sua cidade.
Outros trabalhos incluem os filmes “Rocketeer”, “Nixon” e “Tudo por Dinheiro”. Sua última aparição foi na série “Godfather of Harlem”, em que fez outro chefão da máfia, Frank Costello, e no longa “Welcome to Acapulco”, em que era um senador corrupto no meio de uma trama de espionagem.
Além de ator, Sorvino também se dedicou à escultura e à carreira de cantor de ópera. Ele deixa dois filmes que já haviam sido gravados, “Pursued”, que aguarda lançamento, e “The Ride”, em pós-produção.
A morte foi confirmada pelo empresário de Sorvino e ocorreu numa clínica em Jacksonville, no estado americano da Flórida. Apesar de ter comunicado que o ator tratava diversos problemas de saúde nos últimos anos, ele não divulgou uma causa.
Sorvino era casado com Dee Dee Sorvino e deixa três filhos, incluindo Michael Sorvino e Mira Sorvino, que o homenageou ao vencer o Oscar de melhor atriz coadjuvante em 1996, por “Poderosa Afrodite”.