Tráfico: PF mira funcionários do Aeroporto de Guarulhos.

Agentes cumprem 23 mandados de prisão

nesta terça, sendo 18 contra funcionários do

terminal.

Superintendência da Polícia Federal em São Paulo Foto: EFE/Fernando Bizerra Jr.

A Polícia Federal (PF) realiza nesta terça-feira (19) uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas que tem como alguns de seus alvos funcionários terceirizados que trabalham no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Ao todo, os agentes cumprem 23 mandados de prisão preventiva. Desse número, 18 pessoas trabalham no aeroporto.

Além de Guarulhos, os policiais também cumprem mandados na capital paulista, em Sorocaba, Praia Grande e até em Portugal. Entre os alvos da operação também estão dois traficantes de drogas que aliciavam os funcionários e chefiavam o envio de cocaína do Brasil para a Europa por meio do terminal. Até o início desta manhã, 11 pessoas foram presas na ação.

De acordo com a polícia, os dois traficantes seriam ligados à facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) e eram monitorados pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da PF, com sede na Lapa, bairro da Zona Oeste de São Paulo. Um deles estaria em Portugal e foi solicitada a inclusão do nome dele na lista da difusão vermelha da Interpol.

Para a realização da operação, a Justiça também determinou buscas em 24 endereços e o bloqueio de R$ 53 milhões em bens dos envolvidos, como dinheiro em conta, imóveis, veículos e aplicações financeiras, etc. A concessionária que administra o Aeroporto de Guarulhos ainda não se pronunciou sobre a operação.

COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA
De acordo com a apuração policial, os funcionários investigados atuavam na área de pista do aeroporto e com os carrinhos que dão acesso à aeronave. Eles colocavam as malas com as drogas direto no porão do avião, escapando da fiscalização e do raio-X da polícia.

Ao longo da investigação, que durou mais de um ano, foram apreendidos 880 quilos de cocaína em nove operações. Foram três ações no aeroporto de Guarulhos, duas em Lisboa, uma em Frankfurt e três em Amsterdam, com prisões efetuadas em Frankfurt e Lisboa.

Por: Paulo Moura

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