Garotinho abre mão de governar Rio; União indica apoio a Castro.

Segundo pesquisa Datafolha, ex-governador

tinha 7% das intenções de voto.

Ex-governador do Rio, Anthony Garotinho Foto: EFE/Marcelo Sayão

Ainda que lançado como pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro em maio, o ex-governador Anthony Garotinho (UNIÃO) desistiu oficialmente de concorrer novamente ao governo estadual nas eleições deste ano.

A decisão foi tomada na tarde desta terça-feira (19), mesmo dia que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski indeferiu pedido de extensão da decisão que anulou provas da Operação Chequinho e beneficiou outro réu – entenda o caso no final da reportagem.

A desistência de Garotinho a disputa pelo Palácio Guanabara ocorreu após uma reunião na sede do União Brasil no Rio, onde ficou acertado que ele não terá a obrigação de apoiar o governador Cláudio Castro (PL-RJ) na disputa. O diretório estadual do União Brasil deve lançar o político à Câmara. Com o movimento, a filha dele, Clarissa Garotinho, buscará uma vaga no Senado.

O futuro político do ex-governador será decidido na sexta (22). Segundo a nota divulgada pela equipe do ex-governador, Garotinho decidirá na ocasião se será candidato a deputado federal, estadual ou a nenhum cargo.

Até lá, ele planeja se reunir com aliados antes de tomar novas direções. O União Brasil, por sua vez, acena com uma aliança pela reeleição de Cláudio Castro, atual chefe do Executivo. Garotinho, no entanto, ganhou liberdade do partido para fazer as próprias escolhas na disputa estadual.

Na pesquisa Datafolha divulgada no último dia 1º, Garotinho tinha 7% das intenções de voto, pouco à frente de Rodrigo Neves, do PDT, e Eduardo Serra, do PCB, que tiveram 6% e 5%, respectivamente. Na liderança, estavam Castro, do PL, e Marcelo Freixo, do PSB, tecnicamente empatados com 21%.

OPERAÇÃO CHEQUINHO
Na última nesta sexta-feira (15), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou um pedido de habeas corpus de Anthony Garotinho. O ex-governador pediu a suspensão da condenação confirmada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) por compra de votos nas eleições de 2016 em Campo dos Goytacazes, cidade na região Norte Fluminense.

O pedido da defesa de Garotinho foi baseado numa sentença do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou as provas da Operação Chequinho para outro réu. O ex-governador pediu que a decisão fosse estendida a ele.

Por: Gabriel Mansur

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