Justiça acata pedido da Alerj e suspende procedimento de venda da SAF do Vasco

Luiz Alberto Carvalho Alves deferiu um pedido feito pela Comissão de Defesa de Consumidor da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj)

Justiça acata pedido da Alerj e suspende procedimento de venda da SAF do Vasco

O procedimento de aprovação da venda da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Vasco à 777 Partners precisou ser interrompido nesta quinta-feira, em razão de uma suspensão decretada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio. Isso porque o juiz Luiz Alberto Carvalho Alves, da 3ª Vara Empresarial, deferiu um pedido feito pela Comissão de Defesa de Consumidor da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

 

A comissão, presidida pelo deputado Fábio Silva (União), entrou com uma liminar na Justiça por considerar que os ritos da SAF vascaína não estão sendo transparentes. Com a decisão do Tribunal, o clube cruzmaltino fica obrigado a divulgar os detalhes dos contratos assinados com a empresa de investimentos americana. “Não somos contra a venda do Vasco da Gama, muito menos contra a SAF, queremos apenas que o contrato tenha transparência para que os torcedores e o próprio Vasco da Gama não sejam prejudicados”, disse Fábio Silva em entrevista ao jornal O Globo.

 

Até que os documentos exigidos pela Justiça sejam apresentados, o Vasco não poderá deliberar sobre o assunto. A sentença dá 30 dias para que os contratos sejam divulgados e ainda estabelece uma multa de R$ 5 mil por dia a partir do fim do prazo. Caso votações sejam convocadas internamente no clube, haverá uma multa de R$ 100 mil ao responsável pela convocação. O Vasco informou que não vai se manifestar sobre o assunto porque mantém a política de não tratar publicamente transações em andamento.

 

A 777 Partners acertou a compra de 70% da SAF do Vasco por R$ 700 milhões. Além disso, assumiu o compromisso de investir R$ 120 milhões logo após a aprovação. A conclusão da assinatura dos contratos se deu há cerca de duas semanas, dia 27 de junho. Em seguida a oferta foi direcionada para a Comissão de Estudos do Conselho Deliberativo, que preparava um parecer a respeito da venda. O rito ainda prevê etapas como deliberação de conselheiros e ,então, a decisão final a ser tomada pelo quadro social. O plano era ter um desfecho até agosto, mas a suspensão pode tornar o processo mais demorado.

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