PGR rejeita intenção do PT de federalizar assassinato de petista
O crime ocorreu no sábado (9), quando o integrante do PT festejava seu aniversário de 50 anos e foi morto por um bolsonarista
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A PGR (Procuradoria-Geral da República) informou que compete à Justiça estadual no Paraná a investigação sobre o assassinato do petista Marcelo Arruda pelo policial penal bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, em Foz do Iguaçu (PR).
Nesta segunda-feira (11), a cúpula do PT anunciou um pedido ao órgão para a federalização do caso.
Na avaliação da PGR, porém, as apurações seguem curso normal naquele estado, sem indícios, até o momento, de omissão por parte das autoridades locais.
O crime ocorreu no sábado (9), quando o integrante do PT festejava seu aniversário de 50 anos.
Representantes dos partidos da coligação em torno do nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discutiram o assunto em reunião do conselho político da pré-campanha nesta segunda.
Um dos argumentos levantados pelo PT para federalizar o caso é o de que até hoje não houve conclusão das investigações sobre os tiros que foram disparados contra o ônibus da caravana petista em maio de 2018. E que o assassinato de Marcelo não é um caso isolado.
Integrantes da cúpula do MPF (Ministério Público Federal) ouvidos pela reportagem ponderam que o autor do crime está identificado e preso e que as circunstâncias sobre o fato estão em apuração.
Avaliam, apesar da escalada de violência e de toda a tensão na pré-campanha, que o caso de Foz do Iguaçu é uma situação específica.
Lembram também que houve pedidos negados para federalizar as investigações dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e o da missionária Dorothy Stang.