PGR: Investigações sobre petista morto cabem à Justiça estadual.

PT e lideranças políticas querem que crime

seja conduzido pela Justiça Federal.

Procurador-Geral da República Augusto Aras Foto: Agência Senado/Pedro França

A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou nesta segunda-feira (11) que a competência para analisar o assassinato do militante do PT em Foz do Iguaçu, no Paraná, é da Justiça Estadual. A PGR também ressaltou que o crime deverá ser apurado em primeira instância.

A declaração, na verdade, foi apenas uma antecipação a pedidos de partidos e lideranças políticas, que solicitaram uma investigação federalizada sobre o caso. O guarda municipal Marcelo Arruda foi morto na noite de sábado pelo agente penal José da Rocha Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), supostamente por intolerância política. Arruda comemorava seu aniversário com festa temática do PT.

A PGR disse que a compreensão na cúpula do órgão é a de que o crime está devidamente documentado e que a federalização só poderia ser solicitada se houvesse uma comprovação de omissão e/ou negligência para apurar o episódio. A informação foi confirmado ao jornal O Globo.

Nesta segunda, dirigentes dos partidos da coligação Lula-Alckmin (PT, PSB, PCdoB, PSOL, PV, Solidariedade e Rede) informaram que participarão de uma audiência com o procurador-geral da República, Augusto Aras, na sede da PGR em Brasília.

Os partidos informaram que vão protocolar petição para que a PGR proponha a federalização das investigações sobre o assassinato do guarda municipal.

– A responsabilidade sobre um crime também é de quem o estimula. E isso estamos percebendo com frequência nos discursos de Bolsonaro, que incita a violência a quem é contra o seu discurso de ódio e intolerância. Temos aí a naturalização da barbárie. Algo que não pode ficar impune. Por isso, as instituições precisam dar uma resposta urgente em favor da vida e da paz – disse o senador Randolfe Rodrigues.

Arruda foi morto a tiros enquanto comemorava seu aniversário em uma festa com tema do PT. O guarda municipal reagiu ao ataque e atirou contra Guaranho, que, segundo a Polícia Civil do Paraná, está no hospital sob custódia.

Por: Gabriel Mansur

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