Dobro dos eleitores se considera mais de direita que de esquerda.

Dados foram recolhidos pela pesquisa pública

anual A Cara da Democracia.

Homem vota durante eleições de 2018 Foto: EFE/Marcelo Sayao

A poucos meses antes das eleições de 2022, a pesquisa pública anual A Cara da Democracia buscou traçar o perfil do eleitorado brasileiro. Os resultados apontaram que, nos últimos três anos e meio, a identificação dos brasileiros com a direita cresceu significativamente, e hoje, o dobro dos eleitores considera ter pensamentos mais conservadores que de esquerda.

Por outro lado, tais opiniões mais à direita, que são expressas cada vez mais abertamente, também convivem com pautas ligadas à esquerda, como questões relacionadas aos direitos humanos e diversidade.

Para definir seu perfil, os entrevistados deveriam escolher um número de 1 a 10, sendo que quanto maior o número, mais à direita a pessoa se considera. Os resultados mostraram que o índice dos que escolheram o número 1 foi de 9%, enquanto aqueles que optaram pelo número 10 representaram 18%.

Em 2018, ano em que o presidente Jair Bolsonaro assumiu a Presidência, a taxa de pessoas que escolheram 1 (totalmente de esquerda) era de 6%, e de eleitores que escolheram 10 (totalmente de direita), era de 9%.

Em relação a temas específicos, como a legalização do aborto, observou-se que o número de pessoas que são contra a medida cresceu de 73% para 76% de 2018 para 2022.

A resistência à adoção de crianças por casais gays, por outro lado, caiu de 52% para 39%. O apoio à redução da maioridade penal, por sua vez, registrou queda de 81% para 70%.

Em relação à defesa da democracia, 59% dos brasileiros afirmaram considerar esse regime a melhor forma de governo, enquanto 15% disseram admitir uma ditadura em determinadas circunstâncias.

O levantamento foi feito entre 4 e 16 de junho, em 201 cidades de todas as regiões do país. Foram entrevistados 2538 eleitores. A margem de erro é de 1,9 ponto percentual.

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