Jornalista britânico sumido teria fotografado homens armados.

Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira

estão desaparecidos desde o último domingo.

Dom Phillips atua no Brasil há alguns anos Fotos: Twitter/Arquivo Pessoal // PR/Marcos Corrêa

O jornalista britânico Dom Phillips, que está desaparecido junto com o indigenista Bruno Pereira desde o último domingo (5), teria fotografado três homens armados e que faziam ameaças a indígenas. A informação consta em um áudio do coordenador da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Paulo Dollis.

– Três pessoas ameaçaram a equipe que estava lá, equipe de vigilância da Univaja. O Bruno e o jornalista também estavam com essa equipe. Inclusive, o jornalista tirou as fotos de quando eles estavam mostrando armas de fogo para eles [Bruno e Dom]. Entendeu? – diz Dollis no áudio.

 

Nesta segunda-feira (6), a Polícia Federal prendeu dois suspeitos de estarem envolvidos no desaparecimento de Dom Phillips e Bruno Pereira. Os suspeitos, identificados como pescadores apelidados de Churrasco e Jâneo, foram levados para depor em Atalaia do Norte. De acordo com o portal UOL, Churrasco seria o líder comunitário citado em declarações passadas sobre o caso.

SOBRE O CASO
O jornalista e o indigenista desapareceram no domingo enquanto faziam uma viagem pela região do Vale do Javari, no Amazonas. Segundo uma nota conjunta emitida pela Univaja e por outras associações indígenas, os dois estavam em um trajeto entre a comunidade ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte, no Amazonas, e deveriam ter chegado ao município entre 8h e 9h da manhã de domingo, o que não ocorreu.

Lideranças indígenas afirmaram que os dois teriam se deslocado inicialmente na última sexta (3) até uma localidade chamada Lago do Jaburu, para que o jornalista visitasse o local e fizesse algumas entrevistas com os indígenas. Neste domingo, eles retornariam logo cedo para Atalaia do Norte.

Na viagem de retorno para Atalaia do Norte, os dois teriam parado na comunidade São Rafael, onde conversariam com um líder comunitário por apelido de Churrasco. No entanto, os dois acabaram conversando com a esposa dele, já que o homem não se encontrava no local, segundo as instituições indígenas.

De acordo com o advogado da Univaja, Eliésio Marubo, o indigenista Bruno Pereira é experiente e profundo conhecedor da região já que foi coordenador regional da Funai de Atalaia do Norte por anos. Além de atuar na coordenação regional, Pereira também foi por quase três anos coordenador-geral de Índios Isolados e Recém Contatados da Funai.

Por: Paulo Moura

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