Bolsonaro cobra Moraes sobre declarações de Erika Kokay.
Deputada escreveu em seu Twitter que as
eleições de 2018 teriam sido fraudadas.
O presidente Jair Bolsonaro provocou, nesta quinta-feira (2), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a tomar medidas contra a deputada petista Erika Kokay (DF), após a parlamentar dizer que houve fraude nas eleições de 2018.
Moraes, que assumirá a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em agosto e será responsável pelo pleito deste ano, disse na última terça (31) que a Corte pode cassar o registro de candidatura de quem propagar fake news sobre o sistema de votação brasileiro.
– O que são fake news para Alexandre de Moraes? Ele vai querer, numa canetada, pegar 20 candidatos para cassar. De direita, porque, de esquerda, ele não faz nada. A Erika Kokay dizendo que houve fraude em 2018. Ela devia ser a primeira pessoa, então, a ajudar a aprovar o voto impresso ou medidas para tornar mais transparente as eleições. Quero saber quais medidas vai tomar contra Erika Kokay – indagou Bolsonaro.
Após cobrar medidas contra a deputada, no entanto, Bolsonaro saiu em defesa da parlamentar. O líder citou o artigo 53 da Constituição Federal, que estabelece que os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.
– Se bem que eu, particularmente, acho que não tem que tomar medida nenhuma. Ela é parlamentar e pode, artigo 53, falar o que vem na cabeça dela. E se eu, presidente, me achar ofendido ou você, entra na Justiça – ponderou.
A questão em torno do nome de Kokay decorre de uma publicação feita por ela no Twitter no último dia 29 de maio. Na ocasião, a deputada afirmou que “Bolsonaro não seria presidente se as eleições de 2018 não tivessem sido fraudadas”.
– Nós não aceitaremos mais nenhum tipo de golpe contra a democracia neste país! – complementou ela.
*AE
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