Policiais do Rio usarão câmeras nas fardas a partir de segunda.

Medida já era prevista, mas cobranças se

intensificaram após operação na Vila Cruzeiro.

Policiais militares do Rio de Janeiro Foto: Agência Brasil/Tânia Rêgo

Após um atraso de duas semanas devido a problemas técnicos atribuídos à empresa L8 Group, os policiais militares do Rio de janeiro começarão a utilizar microcâmeras em seus uniformes na próxima segunda-feira (30).

As cobranças se intensificaram sobretudo após a operação na favela Vila Cruzeiro, na Zona Norte, na semana passada, que resultou em 23 mortes. A medida consta no plano para reduzir a letalidade policial, elaborado pelo governo do estado e apresentada ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin.

As câmeras portáteis nos uniformes de policiais militares do Rio de Janeiro foram testadas pela primeira vez no Réveillon, e vêm sendo utilizadas por agentes que atuam na Operação Lei Seca – blitz para flagrar motoristas alcoolizados. Desta vez, o uso do equipamento será estendido, a princípio, a policiais de 10 batalhões operacionais nos bairros: Botafogo, Méier, São Cristóvão, Gamboa, Tijuca, Olaria, Ilha do Governador, Copacabana, Maré e Leblon.

Inicialmente, farão uso do equipamento os agentes do patrulhamento nas ruas, conforme informou o secretário de Estado de Polícia Militar do Rio, coronel Luiz Henrique Marinho Pires. O contrato com a empresa prevê que todos os 39 batalhões do estado e duas companhias independentes (a do Palácio Guanabara e a de Paraty) disponibilizarão as microcâmeras até o fim deste semestre.

De acordo com o coronel, a medida não se trata de uma punição ao policiais, mas sim proteção.

– A câmera corporal não é para punir o policial, mas sim, protegê-lo. É fato que o equipamento irá mudar a postura dos policiais e da própria população. O agente que trabalha de forma correta será protegido, porque suas ações serão monitoradas, gravadas. As filmagens também darão à corregedoria da corporação a possibilidade de usar as imagens para apurar desvios de conduta – explicou.

Os policiais militares de São Paulo fazem uso do equipamento desde o ano passado, bem como os agentes de Santa Catarina e Rondônia.

 

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