PRF afasta agentes envolvidos em morte de homem em Sergipe.
Informação consta em uma nota de
esclarecimento divulgada nesta quinta-feira.
Nesta quinta-feira (26), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) emitiu uma nota de esclarecimento sobre o caso de um homem que foi morto por asfixia em uma viatura. O caso aconteceu em Umbaúba, Sergipe, na quarta-feira.
No texto, a PRF informou que afastou os policiais envolvidos na abordagem e que “está comprometida com a apuração inequívoca das circunstâncias relativas à ocorrência no estado, colaborando com as autoridades responsáveis pela investigação”. A instituição também reforçou seu “compromisso com a transparência e isenção”. As informações são do G1.
O homem que foi morto se chamava Genivaldo de Jesus Santos. Ele tinha 38 anos de idade.
Em nota, a PRF disse que “está comprometida com a apuração inequívoca das circunstâncias relativas à ocorrência no estado, colaborando com as autoridades responsáveis pela investigação”.
Genivaldo morreu após ser imobilizado por agentes da PRF e posto dentro do porta-malas de uma viatura com gás. O caso ocorreu na BR-101.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que o homem veio a óbito por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda.
– A asfixia mecânica é quando ocorre alguma obstrução ao fluxo de ar entre o meio externo e os pulmões. Essa obstrução pode se dar através de diversos fatores e nesse primeiro momento não foi possível estabelecer a causa imediata da asfixia, nem como ela ocorreu – informou o órgão.
Um vídeo do momento foi registrado por testemunhas e tem circulado nas redes sociais. Nele, é possível ouvir pessoas dizerem que o homem poderia morrer durante a ação. De acordo com o relato delas, repercutido pela Band, os agentes haviam posto Genivaldo no porta-malas com uma bomba de gás de pimenta para tentar conter o homem, que se encontrava em estado de surto.
BOLSONARO COMENTOU O CASO
O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi questionado por jornalistas, no início da tarde desta quinta-feira, sobre o caso do homem que foi morto por asfixia na viatura da PRF. Ele contou que ainda iria se inteirar com a instituição.
– Vou me inteirar com a PRF – disse o presidente.
Bolsonaro disse que ainda não poderia dar uma resposta adequada sobre o caso.
– Uma coisa é execução. A outra, eu não sei o que aconteceu. A execução, ninguém admite ninguém executar ninguém. Mas, não sei o que aconteceu para te dar uma resposta adequada – completou.
O presidente aproveitou para citar o caso de dois policiais rodoviários federais mortos a tiros no Ceará por um homem no último dia 18 de maio.
– Eu vi há pouco, há duas semanas, aqueles dois policiais executados por um marginal que estava andando lá no Ceará. Foram negociar com ele, o cara tomou a arma dele e matou os dois. Talvez isso, nesse caso, não tomei conhecimento, o que tinha na cabeça dele – declarou.